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Investigações apontam que gamer cometia abusos há, ao menos, 15 anos
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2021 às 09:44
- Atualizado há um ano
Em depoimento prestado à polícia, a mãe de uma das crianças vítimas dos abusos de Raulino de Oliveira Maciel, o Raulzito, relatou um comentário que teria sido feito pela mulher do gamer e que causou estranheza aos investigadores. A esposa de suspeito de pedofilia sempre falava para as mães não deixarem o suspeito sozinho com as crianças.
A mãe, que foi uma das denunciantes, contou que, inicialmente, não suspeitou de nada pois, à época, Raulzito "aparentava normalidade", informou no depoimento revelado pelo G1. Depois que o caso veio à tona, a mãe da vítima concluiu que esposa do gamer provavelmente sabia dos crimes.
O gamer foi indiciado pelo estupro de vulnerável de duas crianças. Outros sete casos suspeitos foram denunciados em São Paulo, Paraíba e Santa Catarina.
A mulher de Raulzito falava, ainda de acordo com o depoimento da mãe de uma das vítimas, para que o filho dela aproveitasse o tempo de aprendizado com o gamer.
Isso porque, segundo ela, as crianças "perdiam a graça pra ele" depois que cresciam. A esposa teria dito ainda que, para o marido, as crianças eram "descartáveis".
Raulzito foi preso em Santa Catarina no último dia 27 de julho.
'Sedução' Os investigadores concluíram que o gamer se aproximava das crianças e dos pais através das redes sociais. Após conquistar a confiança da família, Raulzito abusava dos menores em seu estúdio, em São Paulo.
Os abusos também eram cometidos nas casas dos pais, segundo a investigação, e os responsáveis eram seduzidos por promessas feitas por Raulzito – ele dizia que ajudaria as crianças a entrarem no mundo dos games.
Há mais de 15 anos Segundo a polícia, Raulzito cometeria esse tipo de crime há muito tempo. Uma de suas vítimas confirma.
"Hoje tenho 28 anos. O abuso ocorreu quando eu tinha cerca de 12. Ele devia ter uns 20. Costumava vir aqui em casa para jogar vídeo-game. Demorou um ano para ele fazer alguma coisa. Até que ele começou e chegou ao ato em si. Nunca falei nada para ninguém. Hoje consigo falar sobre isso, depois de muita terapia", o assistente de suporte técnico Lucas Martinelli Caetano.