Mulheres cada vez mais fortes na tecnologia: 70% já estão no mercado

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  • Hugo Brito

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A Laboratória, startup social de inclusão de mulheres no setor de tecnologia, foi reconhecida em uma conferência internacional da área, na última quarta-feira (26/9), em Houston, Texas, onde Mariana Costa Checa, CEO e Co-fundadora da empresa, recebeu o Prêmio Abie para Agentes de Transformação, que reconhece as mulheres que se sobressaem criando ou ampliando as oportunidades para outras mulheres no campo da tecnologia. Até hoje a startup, presente no Brasil desde 2018, já qualificou cerca de 1000 mulheres, das quais mais de 70% já estão inseridas no mercado de trabalho.

A conferência Grace Hopper Celebration of Women in Computing foi criada em 1994 para dar visibilidade à pesquisa, contribuições e carreira de mulheres na área e dela saem propostas de colaboração, networking e mentoria, sempre focadas na discussão do papel do público feminino na área de tecnologia, para hoje e para o futuro.

A lista de mulheres reconhecidas pelo Prêmio nos anos anteriores inclui, por exemplo, Anna Patterson, Vice-presidente de Engenharia e Inteligência Artificial do Google. De acordo com um estudo recente realizado pela McKinsey e pela Pivotal Venture nos Estados Unidos, apenas 1% do total de desenvolvedores web são mulheres latinoamericanas.

Entendendo um pouco mais a nova lei de proteção de dados

A LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados, já foi sancionada e a partir de agora as empresas têm 18 meses para a adaptação de processos visando o aumento da privacidade de dados pessoais dos clientes. Quem não cumprir as regras do documento que se alia ao Marco Civil da Internet vai pagar caro. As multas podem chegar a R$ 50 milhões por cada infração. A nova legislação coloca o Brasil, pelo menos no papel, no grupo dos países considerados adequados na proteção à privacidade dos cidadãos, mas como já conhecemos bem o nosso país onde as leis têm o direito de pegar ou não (tsc), infelizmente, sabemos que teremos tempos difíceis até que tudo fique mais claro.

Para tentar ajudar nesse sentido, conversei com Gabriel Camargo, CEO da Deep Center, empresa de gestão da Informação (www.deepcenter.com.br). Na conversa, ele apontou alguns aspectos que ajudam nesse entendimento tanto para as empresas, que precisam se ajustar, quanto para os consumidores que precisam enxergar com clareza seus direitos. Segundo Gabriel, a lei cria regras claras sobre os processos de coleta, armazenamento e compartilhamento das informações pessoais dos usuários da internet. Um dos fatores que, segundo ele, levaram à aprovação do projeto de lei brasileira foi a aprovação do GPDR, regulamento aprovado pela União Europeia em maio de 2018, isso porque ele exige que empresas de fora da Europa que fizerem negócios com consumidores de lá, e isso inclui várias empresas brasileiras, tenham que se adequar às novas regras.

Olhando pelo lado do consumidor é importante saber que a lei é aplicada a todos os setores da economia e que toda empresa operando no Brasil, mesmo que sediada fora do país, deve se adequar a ela. Alguns dos pontos mais importantes da nova lei são os que criam a necessidade de consentimento do usuário para coletar informações pessoais e dão aos titulares poder de retificar, cancelar ou até solicitar a exclusão desses dados. A proteção deve ser nativa dos sistemas e permitir que o próprio usuário possa ajustar os níveis de proteção de seus dados de forma rápida. Para garantir que tudo ande a lei criou também a Autoridade Nacional de Proteção aos Dados (ANPD) que espera-se não se tratar de mais uma agência para “inglês ver”. Agora é esperar os 18 meses de prazo dado às empresas e torcer para que essa lei realmente pegue por aqui.