Na Bahia, vendas do varejo aumentam 1,3% de março para abril

No acumulado de janeiro a abril, as vendas na Bahia seguem no negativo: -0,8%

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  • Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2018 às 11:01

- Atualizado há um ano

Em abril, as vendas do varejo na Bahia voltaram a crescer (1,3%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após terem registrado estabilidade em março e, antes disso, três recuos consecutivos (-0,7% em fevereiro; -1,0% em janeiro; e -2,9% em dezembro/17).

Nessa comparação, o varejo nacional também teve desempenho positivo (1,0%), ainda que um pouco inferior ao baiano, com crescimento das vendas em 14 dos 27 estados. Os destaques positivos foram São Paulo (3,6%), Rondônia (2,8%) e Espírito Santo (1,8%). A Bahia (1,3%) teve o quinto maior aumento. Por outro lado, Roraima (-3,8%), Mato Grosso do Sul (-3,9%) e Amazonas (-8,5%) apresentaram os maiores recuos nas vendas, de março para abril.

Na comparação abril/18 com abril/17, porém, as vendas na Bahia voltaram a recuar (-0,9%) após terem tido, em março, o primeiro resultado positivo do ano (0,7%). Nessa comparação, o varejo nacional teve um pequeno crescimento (0,6%), com resultados positivos em 16 dos 27 estados, entre os quais se destacaram Tocantins (13,8%), Rondônia (7,9%) e Acre (7,7%).

No acumulado de janeiro a abril, as vendas na Bahia seguem no negativo (-0,8%), com uma leve aceleração em relação ao acumulado até março (-0,7%), o quinto pior resultado entre os estados e um desempenho bem abaixo da média nacional (+3,4%). Nesse acumulado no ano (sempre frente ao mesmo período do ano anterior), o comércio varejista baiano vem em quedas consecutivas, mês a mês, desde janeiro de 2015.

Já nos 12 meses encerrados em abril, as vendas do comércio varejista na Bahia se mantêm em alta (0,8%), com um leve aumento no ritmo de crescimento em relação aos 12 meses encerrados em março (0,7%). Foi o terceiro resultado positivo para o varejo baiano, que, nessa comparação, vinha em quedas sucessivas desde maio de 2015. Na taxa anualizada, o varejo brasileiro apresenta avanço de 3,7% em abril, com vendas crescendo em 22 dos 27 estados.

Em abril, vendas crescem na maior parte do varejo baiano; combustíveis (-9,1%) e supermercados (-4,9%) são principais influências negativas. Em abril, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram resultados positivos.

Em termos de magnitude do crescimento das vendas, os destaques foram para os setores de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (44,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (17,3%). Entretanto, como essas atividades têm pouco peso na estrutura do varejo no estado, as principais influências positivas no desempenho do comércio como um todo, em abril, vieram dos Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,8%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,9%).

As vendas de produtos farmacêuticos e cosméticos (+7,9%) registraram, em abril, a sétima alta consecutiva na Bahia. Já as de outros artigos de uso pessoal e doméstico seguem crescendo desde maio de 2017 – exercendo, mês a mês, uma das principais influências positivas no varejo baiano. A atividade reflete as compras em lojas de departamento e parte expressiva do varejo eletrônico (grandes sites de vendas).

O desempenho positivo da maioria dos setores do varejo não foi suficiente, porém, para evitar o recuo médio nas vendas como um todo (-0,9%), fortemente influenciado pelos resultados negativos dos Combustíveis e lubrificantes (-9,1%) e dos Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,9%).

Os combustíveis (-9,1%) tiveram seu oitavo recuo consecutivo nas vendas e registram o pior desempenho do varejo baiano neste ano, com quedas acumuladas de 10,9% de janeiro a abril de 2018 e de 5,4% nos 12 meses encerrados em abril.

Já as vendas dos hiper e supermercados (-4,9%) voltaram a cair depois de terem registrado em março o primeiro desempenho positivo (0,5%) depois de quase três anos de quedas consecutivas (34 meses, desde maio de 2015).

Em abril, também recuaram as vendas de Tecidos, vestuário e calçados (-4,3%).

Vendas do varejo ampliado baiano crescem 0,6% de março para abril e 5,6% em relação a abril de 2017 Na Bahia, as vendas do comércio varejista ampliado se mantiveram no positivo em abril. Cresceram 0,6% frente a março e 5,6% na comparação com abril de 2017 – ambos os índices mostraram aceleração em relação aos resultados de março (0,5% e 2,9% respectivamente). O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas das atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

Em ambas as comparações, porém, o varejo ampliado baiano cresce menos que a média nacional (1,3% e 8,6% respectivamente).

Nos quatro primeiros meses do ano de 2018, o varejo ampliado na Bahia acumula alta de 4,4%; e, nos 12 meses encerrados em abril, de 4,1% – ambas também abaixo da média nacional (7,4% e 7,0% respectivamente).

Em abril, cresceram tanto as vendas de Veículos, motos, partes e peças (21,9%) quanto de Material de Construção (15,6%). O setor de veículos vem em altas seguidas há quase um ano, desde maio de 2017, e, em 2018, já acumula crescimento de 18,8%.