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Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2019 às 12:53
- Atualizado há 2 anos
Em junho, as vendas do varejo na Bahia caíram 3,5% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o primeiro resultado negativo do setor, após dois meses de vendas em alta (0,7% de março para abril e 1,4% de abril para maio), segundo dados divulgados nesta quarta-feira (07) pelo IBGE. >
Foi também o pior desempenho do varejo baiano nessa comparação (maio-junho) desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, em 2000.>
O resultado do varejo baiano na passagem de maio para junho (-3,5%) foi terceiro pior dentre os 27 estados, ficando acima apenas do Piauí (-10,0%) e do Rio Grande do Sul (-3,7%). Ficou também aquém da média nacional, que registrou uma leve variação positiva (0,1%).>
Os destaques positivos nessa comparação ficaram com Roraima (3,4%) e Minas Gerais (1,7%).>
Na comparação com junho de 2018, os resultados do varejo baiano também foram negativos (-3,1%), após dois meses de avanços (2,1% em abril e 5,2% em maio). Nesse confronto, foi o pior junho para o comércio no estado desde 2016 (-13,2%).>
O desempenho das vendas do varejo na Bahia ficou aquém da média nacional (-0,3%) e acompanhou o movimento de queda registrado em 16 dos 27 estados, com destaques negativos para Piauí (-19,8%) e Paraíba (-9,3%). As maiores altas na comparação com junho de 2018 ocorreram no Amapá (17,8%) e em Roraima (9,0%).>
Apesar dos resultados de junho, as vendas do varejo baiano ainda fecharam o primeiro semestre com um crescimento acumulado de 0,8% frente ao mesmo período de 2018. É um resultado ligeiramente melhor que o do país como um todo (0,6%) e o melhor primeiro semestre desde 2014 (7,2%).>
Nos 12 meses encerrados em junho, o comércio na Bahia também mantém variação positiva (0,5%), ainda que abaixo da média (1,1%).>
Em junho, na Bahia, o volume de vendas recuou em 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui os segmentos de automóveis e materiais de construção), na comparação com o mesmo mês de 2018.>
A maior queda ficou novamente com o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-58,7%), que teve a segunda maior contribuição para o resultado geral do setor. As vendas de móveis e eletrodomésticos tiveram a terceira retração mais intensa (-11,7%) e exerceram a principal influência negativa em geral.>
As vendas de livros vêm caindo seguidamente há quase um ano (desde julho de 2018) e fecharam o primeiro semestre de 2019 com um recuo acumulado de -52,5% frente ao mesmo período de 2018 – o pior resultado dentre as atividades do varejo baiano.>
Já os móveis e eletrodomésticos vinham de duas altas seguidas nas vendas e ainda se mantêm com resultado positivo no primeiro semestre do ano (1,4%).>
Vale destacar também o desempenho negativo do segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-30,1%), cujas vendas recuam desde novembro de 2018 e mostram o segundo pior resultado no primeiro semestre de 2019 (-27,3%).>
Em junho, na Bahia, as vendas cresceram apenas nas atividades de combustíveis e lubrificantes (9,0%) e tecidos, vestuário e calçados (2,1%).>
Em junho, o comércio varejista ampliado baiano também registrou quedas nas vendas, tanto frente a maio (-0,5%), na série com ajuste sazonal, quanto em relação a junho de 2018 (-4,8%). Ambos os resultados ficaram abaixo das taxas nacionais, que foram de 0,0% e 1,7%, respectivamente.>
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.>
Na comparação com junho de 2018, as vendas desses dois segmentos caíram no estado, após terem avançado em maio. O resultado dos materiais de construção (-10,1%) foi pior que o dos veículos (-7,5%). Ambos os segmentos fecharam o primeiro semestre no negativo (-4,1% e -4,7%, respectivamente).>
Assim, as vendas do varejo ampliado baiano seguem em queda em 2019 (-1,1%) e já mostram variação negativa também nos 12 meses encerrados em junho (-0,6%). Ambos os resultados continuam bem piores que os do país como um todo (3,2% e 3,7% respectivamente). >