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Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2021 às 12:04
- Atualizado há 2 anos
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 nesta terça-feira, 1, a médica oncologista Nise Yamaguchi negou que a existência de um "ministério paralelo" ao da Saúde que supostamente aconselha o presidente Jair Bolsonaro em questões referentes ao enfrentamento da pandemia da covid-19>
Nise afirmou ser uma "colabora eventual" que participava junto com os ministros de Saúde.>
de comissões técnicas, reuniões governamentais e reuniões específicas com setores do Ministério da Saúde. "Faço questão de trabalhar com as regulamentações, inclusive com a (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Anvisa, com o Parlamento, sempre contribuí com todos", afirmou a doutora.>
Na primeira bateria de perguntas realizadas pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), a médica foi inquirida sobre sua defesa da "imunidade de rebanho" como um estratégia de enfrentamento a pandemia da covid-19 no País. Nise continuou sua defesa ao método, mas afirmou que existe uma interpretação errada de que a imunidade seria alcançada com a infecção de pessoas. Nise afirmou que a imunidade será alcançada por meio da vacinação.>
A médica também defendeu que a discussão da imunidade de rebanho era "pertinente" na época, mas que não era possível prever "tantas interfaces, tão complexas" da mutações que ocorreram no vírus da covid-19. Confrontada com vídeos onde defendia a imunidade através da infecção de pessoas em junho do ano passado, Nise afirmou que se imaginava que novas ondas da doença viriam com as mesmas cepas do vírus.>
Nise também negou ter comentado com o presidente da República sobre a imunidade de rebanho, afirmando ter tido poucos encontros com o mandatário. >