Na estreia de Amadeu, Vitória recebe Paraná para deixar lanterna

Leão pode até deixar a zona de rebaixamento nesta rodada

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  • Vitor Villar

Publicado em 10 de agosto de 2019 às 05:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ascom / EC Vitória

No passado, sempre que foi chamado para a assumir o Vitória, Carlos Amadeu encontrou um clube em dificuldades. Neste sábado (10), às 19h, no Barradão, repetirá o cenário. Diante do Paraná, pela 15ª rodada, o Leão precisa vencer para deixar a lanterna da Série B.

A diferença é que, nas duas vezes anteriores em que assumiu o time, o soteropolitano de 53 anos era ‘apenas’ um técnico interino. Ou seja, comandou sem pressão: se vencesse, ótimo, se perdesse, era algo natural do futebol.

Agora, a realidade é outra. Ao pisar na área técnica do Barradão, Amadeu será o comandante efetivo da equipe. Pressão para ele que, ao mesmo tempo, fará a sua estreia como treinador de um time profissional.

Das 14 rodadas já disputadas da Série B, o Vitória passou 12 na zona de rebaixamento, inclusive as últimas 11 seguidas. O rubro-negro está na última posição, com 11 pontos. O primeiro fora do Z4 é o América-MG, com 14.

A notícia boa é que o Vitória pode até deixar o Z4 nesta rodada. Se bater o Paraná, chega aos 14 pontos e rouba a 16ª posição do Coelho no número de triunfos: o rubro-negro ficaria com quatro e o time mineiro com três.

Para manter-se fora da zona, porém, o Leão precisaria de derrotas ou empates de São Bento (17º), Guarani (18º) e Criciúma (19º). Se algum deles vencer, o Vitória pelo menos deixa a lanterna.

O São Bento enfrenta neste sábado o Cuiabá, no mesmo horário do Vitória, mas como visitante. Guarani e Criciúma jogam no domingo (11). O time campineiro terá o clássico com a Ponte Preta, às 11h, na casa do rival. Já o clube catarinense recebe o Sport, às 16h.

Pouco tempo Para a sua primeira partida, Amadeu precisou pensar rápido. Teve quatro treinos antes do duelo e lidou com uma série de desfalques.

Já estava fora da partida o volante Léo Gomes, suspenso. O zagueiro Zé Ivaldo, o volante Rodrigo Andrade e os meias Nickson e Ruy, além do atacante Felipe Garcia, não se recuperaram a tempo de suas lesões e foram vetados.

Por outro lado, o treinador ganhou o reforço do zagueiro Everton Sena, que perdeu as três últimas partidas por lesão muscular.

Neste saldo de desfalques e retornos, a escalação que enfrenta o Paraná não é mistério. Everton Sena volta à zaga titular, ao lado de Ramon. O reforço Jordy Caicedo será titular no ataque ao lado de Anselmo Ramon, e Lucas Cândido será o substituto de Léo Gomes no meio-campo.

Com isso, o time titular terá Martín Rodríguez; Matheus Rocha, Everton Sena, Ramon e Chiquinho; Baraka, Lucas Cândido e Felipe Gedoz; Jordy Caicedo, Anselmo Ramon e Wesley.

Pressão O Paraná está na outra metade da tabela. A equipe chegou a engatar cinco vitórias seguidas e alcançou a vice-liderança. Agora, está há três rodadas sem ganhar, com duas derrotas e um empate.

O bom para o torcedor é que de pressão Amadeu entende. A primeira vez em que foi chamado foi em maio de 2014. Ney Franco havia acabado de pedir demissão para assumir o Flamengo, deixando o Vitória na 12ª colocação da Série A.

Detalhe: o último jogo de Ney havia sido um Ba-Vi na Fonte Nova, no qual o rival empatou em 1x1 nos acréscimos. O duelo seguinte seria com o Palmeiras, no Barradão. Amadeu, à época técnico do sub-20, foi chamado para assumir o time.

Em campo, o Vitória perdeu por 1x0 para o Palmeiras, gol de Marquinhos Gabriel. Na rodada seguinte, outro jogo no Barradão, agora com o Atlético-MG. Outra derrota: 3x2, com gols de Dátolo, Alemão (contra) e Réver. Dinei e Willie descontaram.

Após aquele duelo, Amadeu voltou ao comando do sub-20 e o Leão contratou Jorginho. Ao final do ano, o clube seria rebaixado.

Amadeu tornou a ser chamado após a demissão de Ricardo Drubscky, em maio de 2015. A queixa da diretoria era em relação ao desempenho do time em campo, crise iniciada após mais um Ba-Vi que acabou empatado em 1x1, no Barradão, pelo Baiano.

Cobrado após a passagem ruim de 2014, Amadeu entregou a performance. No curto período como interino, venceu todos os jogos: bateu Serrano e Colo Colo por 2x1, ambos fora de casa, e Confiança por 2x0, no Barradão.

Estava confiante de que seria efetivado treinador, mas a diretoria optou por Claudinei Oliveira. O treinador estreou com a derrota por 2x0 em casa para o Colo Colo, que eliminou o Vitória do Baianão e geraria a renúncia do então presidente Carlos Falcão.