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Vitor Villar
Publicado em 6 de abril de 2019 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Se o time profissional do Vitória, que não vence há 11 jogos, não dá alegria algum ao torcedor, o alento fica por conta da base. No Campeonato Baiano Sub-20, a situação é contrária: invencibilidade rubro-negra de quatro jogos, com 18 gols marcados e nenhum sofrido.>
Méritos, também, do técnico João Burse. Desde 2014 na Toca do Leão, ele completa neste sábado (6) 100 jogos pelos times de base do rubro-negro. O duelo é contra o ABB, no Sesi/Simões Filho, às 15h.>
"Estamos com 100% de aproveitamento, com uma equipe que tem dado uma resposta muito boa, mostrando-se competitiva. E também colocando garotos no profissional. Recentemente Paulo Vitor e Matheus Tenório foram chamados por Tencati", comemora Burse.>
Do time que tem brilhado no estadual, Burse aponta outros que podem subir ao profissional: "Douglas (volante) tem sido muito elogiado e observado de perto por Tencati. Gabriel, um atacante canhoto, que joga pelo lado, também. Jorginho, zagueiro, Ruan Potó, atacante... Temos muitos talentos".>
Trajetória>
Ao longo de 99 jogos Burse acumulou 69 vitórias, 19 empates e 11 derrotas. Entre títulos, pode comemorar a Copa do Brasil Sub-17, em 2015, e a Copa do Nordeste Sub-20 de 2017, desbancando o rival Bahia na final.>
Dessas, a que mais orgulha Burse é a Copa do Brasil: "Eliminamos grandes clubes pelo caminho, como Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Botafogo na final. Era uma equipe bem ofensiva, com Eron e Geovane de titulares e Luan entrando em alguns jogos", lembra.>
O técnico comemora ainda mais os garotos que ajudou a revelar. Entre eles Lucas Ribeiro, vendido ao Hoffenheim em fevereiro por R$ 12 milhões: "Teve ainda Caíque, Leo Gomes, Hebert, Cedric, Farinha, Yan...".>
Burse chegou em 2014 convidado por João Paulo Sampaio, diretor da época que hoje está no Palmeiras. Começou no sub-17. Foi para o Palmeiras, a convite do mesmo João Paulo, em 2016. No ano seguinte, voltou à Toca, já para o sub-20.>
A passagem mais difícil, no entanto, veio em 2018, quando Burse teve que comandar como interino os seis jogos finais do Vitória na Série A, terminando com o rebaixamento. "Infelizmente já era um momento difícil para o clube, a gente fez de tudo para ajudar. Não conseguimos, mas não faltou empenho, vontade, trabalho, dedicação", diz.>
Agora, ele quer focar mesmo é no sub-20: "Nós, profissionais do futebol, temos que viver um dia de cada vez. Vou continuar trabalhando firme no sub-20 e aguardar. Vou estar sempre à disposição do Vitória. Espero entregar sempre uma boa performance na base e ajudar o clube a revelar mais atletas".>