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Falsa jurista responde pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2021 às 17:49
- Atualizado há um ano
Acontece na próxima quinta-feira (13) uma audiência que vai ouvir a falsa jurista Cátia Raulino, que cumpre prisão preventiva desde o dia 25 de março, acusada de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica. A audiência acontece às 9h30.
Cátia Raulina foi presa em março na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. Ela é investigada por exercício ilegal da profissão e por plagiar trabalhos de alunos em Salvador.
À época, a investigação da Polícia Civil apontou que a falsa jurista havia fugido para Florianópolis. O inquérito foi encaminhado à Justiça em outubro do ano passado pela 9ª Delegacia (Boca do Rio), em Salvador, e ela foi localizada após um contato da polícia baiana com a catarinense. Após a prisão, foi transferida para Salvador.
Após desembarcar na Bahia, uma decisão da juíza Virgínia Silveira Wanderley dos Santos Vieira, da 2ª Vara Criminal Especializada de Salvador, manteve a prisão preventiva alegando aspectos: Primeiro, a possibilidade da ré destruir as provas dos crimes que supostamente praticou e o risco de uma mudança sem comunicação ao juízo, o que indicaria uma "tentativa de esquivar-se de seus atos, possivelmente, criminosos". Em bom português, a prisão foi mantida para não haver risco de uma tentativa de fuga.
Cátia Raulino já havia feito isso: a falsa jurista havia se mudado para Santa Catarina sem dar qualquer aviso e chegou a abrir empresa de TI em Santa Catarina quando estava foragida. Essa fuga para o sul do país foi o que gerou o decreto de prisão preventiva. A decisão da juíza também alegou ter indícios de que Cátia Raulino tentou destruir provas e induzir vítimas a erro e, somando todos esses fatores, foi necessário e legal manter a prisão preventiva.
A defesa de Cátia Raulino alegou colocar todos os equipamentos de uso pessoal de sua cliente à disposição das autoridades e também que ela não foi intimada da decisão que determinou a entrega de seu passaporte no prazo de 24 horas, quando houve a decretação de busca e apreensão da falsa jurista.
Além disso, a defesa disse que Cátia Raulino não fugiu e sim mudou-se para a casa de seus pais em Santa Catarina. De acordo com a defesa, isso aconteceu somente porque ela sofreu uma campanha difamatória dos órgãos acusadores. Essa suposta campanha atraiu atenção midiática e fez com que o contrato de locação da casa onde morava fosse rescindido e ela ficou sem ter onde morar.