Novembro Azul incentiva homens a cuidar da saúde

Consultas e exames periódicos previnem disfunções e doenças

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  • Do Estúdio

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

Qual foi a última vez que você fez um check-up? O mês de novembro traz um importante alerta para a saúde: os homens seguem frequentando menos que as mulheres os centros médicos. Ainda é bastante comum que eles só se atentem para o autocuidado quando aparecem com algum sintoma ou quando presenciam algum caso de doença bem próximo às suas realidades.    “Por isso que as mulheres descobrem primeiro que os homens que são hipertensas. Não é uma questão de ter um gênero com mais predisposição que o outro. Isso tem relação com fazer exames periódicos”, ressalta o cardiologista Railton Cordeiro, médico no Hapvida de uma das especialidades mais procuradas por pacientes que querem correr atrás do prejuízo.   Isso costuma acontecer por medo, desleixo e, principalmente, estigmas machistas como o de que homem não pode demonstrar qualquer fragilidade. “A ideia de que homem tem que ser a figura de força, de masculinidade e de potência o tempo inteiro. Não pode demonstrar fraqueza, chorar ou apresentar qualquer vulnerabilidade”, explica Eduardo Barretto, psicólogo do Hapvida.   Autoconhecimento O que a campanha do Novembro Azul destaca é que, para muito além de tratar, o médico tem um papel muito importante de prevenir doenças. Ir pelo menos uma vez ao ano a um consultório de um urologista, por exemplo, garante mais qualidade de vida e previne disfunções hormonais, infertilidade e doenças da próstata como o câncer – que se descoberto no início tem 90% de chance de cura.   “Não tem porque arriscar a sua vida pelo preconceito”, aconselha Alfredo Querino, urologista do Hapvida. É por este motivo que, para o especialista, é de extrema importância haver ações educativas. “Chama o paciente para o consultório e, a partir daí, a gente consegue tratar o que ele precisa e também direcionar ele para as outras áreas que têm que ter atenção também”, conta.   Em consultas de rotina, o médico costuma questionar como está a pressão, se tem conhecimento do açúcar, faz uma análise geral, o exame de toque e solicita alguns outros laboratoriais. Se detectar alguma alteração, ele direciona para uma especialidade parceira. “A gente catalisa essa necessidade do homem. Tem muito o papel de educador da área de saúde”, resume Querino."Não tem porque arriscar a sua vida pelo preconceito aconselha  Alfredo Querino"

Urologista do HapvidaCom a ajuda de outros profissionais é possível dar um atendimento global a este homem. Para ajudar em questões como medo, amadurecimento e auto-confiança, uma especialidade que poderia ser mais respeitada e frequentada pelos rapazes é a psicologia. Mas, como de costume, são as mulheres que mais fazem terapia. Quando eles aparecem, segundo Eduardo Barretto, geralmente são trazidos por mães ou companheiras.    “Mas é importante salientar que é preciso, antes de separar entre homem e mulher, pensar que todos somos seres humanos e seres humanos precisam de cuidados com a saúde. E não basta apenas pensar no corpo. Tem que tratar saúde mental para ter uma boa saúde física”, pondera o psicólogo. 

Sobre o Novembro Azul - Este mês foi escolhido para tratar do tema da saúde masculina  pois 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.

- O movimento surgiu na Austrália, em 2003, chamado Movember - junção das palavras em inglês moustache (“bigode”) e November (“Novembro”).

- No Brasil, a campanha do Novembro Azul foi lançada em 2008 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida.

 

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