Novo avanço! Anvisa autoriza 2ª dose da vacina de Oxford contra coronavírus

Com nova etapa, voluntários brasileiros que já receberam a 1ª dose poderão tomar nova imunização respeitando intervalo entre 4 e 6 semanas

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  • Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 18:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (10), a segunda fase da vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Com isso, os voluntários brasileiros que já receberam a primeira dose, poderão tomar a segunda respeitando um intervalo entre 4 e 6 semanas. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União.

Segundo a Anvisa, a expectativa é que, com a aplicação da segunda dose, novas informações sejam acrescentadas nos estudos. Além disso, a idade máxima dos voluntários foi ampliada de 55 para 69. A idade mínima continua sendo de 18 anos. 

De acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que atua com a Universidade de Oxford na realização dos estudos da vacina contra a covid-19 no Brasil, a ampliação é um "degrau a mais no avanço da vacina".

Fase 3 Atualmente, os testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19, que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, estão na fase 3, que é a última antes da obtenção do registro sanitário, necessário para que haja a distribuição da vacina. Nessa fase, o objetivo é testar a eficácia do imunizante.

A vacina não provocou efeitos colaterais graves e desenvolveu respostas imunes a anticorpos e células T, de acordo com o estudo publicado na revista médica The Lancet. Os resultados referem-se às fases 1 e 2 de testes. A terceira etapa está sendo testada em 50 mil pessoas, incluindo 5 mil brasileiros.

"Esperamos que isso signifique que o sistema imunológico se lembre do vírus, para que nossa vacina proteja as pessoas por um período prolongado", disse o principal autor do estudo, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford. "No entanto, precisamos de mais pesquisas antes de confirmarmos que a vacina protege efetivamente contra a infecção por SARS-CoV-2 e por quanto tempo dura a proteção", explicou.

No último dia 20 de julho, a instituição informou que a vacina é segura e produz resposta imune em ensaios clínicos iniciais em voluntários saudáveis.

Instituto Butantan Além da vacina da Universidade de Oxford, um outro imunizante está sendo testado no Brasil. Em parceria com a empresa chinesa Sinovac, o Instituto Butantan está aplicando a vacina em voluntários brasileiros. Ao todo, nove mil pessoas participarão da pesquisa no Brasil, e os estudos devem ser concluídos entre o final de outubro e início de novembro.