Ônibus 'Cata Veio' roda por BH pedindo que idosos fiquem em casa durante pandemia

Iniciativa de casal começou para conscientizar suas tias e se espalhou pela capital mineira

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  • Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2020 às 11:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Preocupados com os idosos indo para a rua se expondo aos riscos do coronavírus, um casal de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou uma forma bem-humorada de incentivar as pessoas a ficarem em casa e se proteger do coronavírus.

Os empresários Katya Salomão, 50, e o marido, André Meneguini, 54, usaram um ônibus antigo para circular na cidade e também na vizinha Lagoa Santa para alertar todo mundo que encontram pela frente.

O veículo, que é peça de coleção, foi apelidado de "Cata Veio" e dá o recado de forma descontraída para que os idosos se protejam.

Katya contou ao G1 que a iniciativa começou como uma tentativa de conscientizar suas sete tias, que são todas idosas, com mais de 70 anos, e vivem em Vespasiano e em Lagoa Santa.

"Minhas tias têm mais de 70 anos e moram sozinhas. Estávamos muito preocupados com elas, sempre falando para ficarem dentro de casa. Mas sempre chegava a notícia de uma ou outra andando na rua. Meu marido resolveu fazer uma faixa e escrever 'Cata Veio' com pasta de dente no vidro do ônibus e fomos à casa das minhas tias. No percurso até lá, o pessoal gostou demais, começou a tirar fotos. A intenção inicial era falar para minhas tias ficarem em casa, mas acabou virando uma ação de conscientização para todos", conta Katya.

A primeira vez que o ônibus de colecionador, que o casal comprou num leilão há cerca de dois meses, circulou pelas ruas das duas cidades foi no último domingo (5). Eles foram até a casa de uma das tias e, lá chegando, todos os vizinhos da idosa começaram a "puxar a orelha dela" por ficar indo à rua, quando o ônibus chegou.

"Todos os vizinhos chegaram nas sacadas, começaram a puxar a orelha dela na nossa frente, surtiu um efeito. A gente foi feliz nesta primeira ação e isso incentivou a gente a ir às casas das outras tias", lembra Katya.