Ônibus retomam a circulação no bairro de Fazenda Coutos

Rodoviários pararam de entrar no bairro após incêndios criminosos contra dois veículos

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  • Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2021 às 20:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Nara Gentil

Demorou 36h até os rodoviários se sentirem seguros para entrar no bairro de Fazenda Coutos, Subúrbio Ferroviário de Salvador. Desde a última segunda-feira (31) a categoria estava improvisando um final de linha em Vista Alegre com medo de novos eventos como os dois incêndios que aconteceram no dia: um no próprio bairro e outro pertinho, em Paripe.

Os ônibus estavam passando direto pela BA-528, conhecida como Estrada do Derba, para retornar pelo bairro de Águas Claras. Outras linhas faziam retorno pela Avenida Suburbana.

Diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota afirma que ataques a ônibus deixam marcas no psicológico dos trabalhadores e por isso sempre tomam a decisão de evitar esses locais após esse tipo de incidente.

Na última terça (1), os ônibus voltaram a circular em Paripe, onde o segundo ônibus havia sido incendiado. O retorno em ambos os bairros aconteceu após a Polícia Militar colocar um reforço no patrulhamento das regiões.

Ônibus foi incendiado na Rua Mourão de Sá, em Paripe (Foto: Leitor CORREIO)

Relembre o caso Dois ônibus pegaram fogo em bairros bem próximos no início da tarde da última segunda-feira (31), um no bairro de Fazenda Coutos e outro em Paripe, na Rua Mourao de Sá. As ações aconteceram praticamente de forma simultânea, de acordo com a Polícia Militar. Ninguém ficou ferido e o fogo foi debelado pelo Corpo de Bombeiros. 

A Polícia investiga a ligação entre os incêndios e a a morte do traficante conhecido como Todynho. Ele tinha fama por ações sádicas, como filmar as execuções que comandava na região e foi morto no último sábado (29) por equipes das Rondas Especiais (Rondesp) da Polícia Militar. 

Até o momento, um homem foi preso acusado de envolvimento com os incêndios. Ele foi capturado na Rua Theotônio Vilela, mesma rua em que Todynho foi morto, e tinha em mãos um coquetel molotov. Apresentado na Central de Flagrantes, ele tinha mandado de prisão em aberto por cárcere privado. Um outro homem é buscado pela Polícia Civil, acusado de envolvimento com os incêndios