Ovos de Páscoa estão mais caros, mas tradição de comprar o produto deve ser mantida

Pesquisa realizada pela empresa Pollis Estratégia, em parceria com o Curso de Administração da Unijorge, revela que 87% dos 200 entrevistados vão comprar cerca de quatro ovos de Páscoa e chocolates

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  • Da Redação

Publicado em 31 de março de 2021 às 15:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os consumidores de Salvador e Região Metropolitana tem que gastar 6,1% a mais para comprar ovos de Páscoa e barras de chocolate neste ano do que em 2020, segundo cálculo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) calcula, com base em dados do IBGE. O aumento no valor dos produtos é calculado com base na variação acumulada em 12 meses até fevereiro.   Apesar do encarecimento dos ovos de chocolate e das medidas restritivas ao funcionamento do varejo, uma pesquisa realizada pela empresa Pollis Estratégia, em parceria com o Curso de Administração da Unijorge, revela que 87% dos entrevistados vão comprar cerca de quatro ovos de Páscoa e chocolates, para o consumo familiar. Destes, 79% declararam que as compras serão feitas predominantemente em mercados, com ticket médio de R$ 40 em cada compra.    Para realizar a pesquisa, foram ouvidos 200 soteropolitanos, com idade igual ou superior a 18 anos, entre os dias 17 e 22 de março, por meio de contato telefônico.   A surpresa que a pesquisa trouxe é que, a maior parte das compras será para auto presente e presentear companheiros e companheiras. “Do universo entrevistado, 57% afirmaram que a compra será um auto presente; 42% será para companheiro (a), 35% para sobrinhos e netos; 32% para os filhos e 17% para familiares”, analisa a diretora da Pollis Estratégia, Caroena Alves   De acordo com Alves, as medidas restritivas voltaram a impactar o comércio voltado para a Páscoa, mas os empresários já possuíam uma estratégia digital e de delivery, para escoar a mercadoria e reduzir prejuízos.    O coordenador do curso de Administração da Unijorge, Ricardo Garcia, ressalta que a Páscoa é a primeira das datas comemorativas a completar o segundo ano consecutivo em meio à pandemia.    “Diante da tradição cristã e sua representação de renovação, as empresas se prepararam com antecedência para esta comemoração com o abastecimento do varejo com ovos de chocolate, bombons, caixas sortidas e barras de chocolate. Esta diversificação tem o intuito de atender os diferentes perfis de consumidores e a adequação à necessidade dos consumidores diante da crise econômica atual”, afirma.   Estudos do Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), mostram que a Páscoa deverá ser positiva para o setor, com um crescimento de até 15% nas vendas na comparação com 2020.    O diretor do grupo baiano RedeMiX, João Claudio Nunes, afirma que já se percebe uma movimentação maior nas lojas de clientes em busca dos produtos de Páscoa. “Esperamos um crescimento em relação ao ano passado. Esta data é muito significativa para o varejo e nós sempre nos preparamos com antecedência para este momento, com parreira de ovos de diversos tamanhos e preços para atender os nossos clientes com um bom mix de produtos”, diz João Nunes.   A pesquisa ainda aponta um cenário favorável para o consumo das famílias soteropolitanas, mas o professor da Unijorge lembra que os comerciantes precisam focar em condições especiais de pagamento e parcelamento no ato da compra.    “A opção de comprar online e oferta do serviço de delivery, propiciando maior segurança e comodidade aos clientes, tem sido um divisor de água para as empresas que operam neste cenário”, analisa Ricardo Garcia.