Parceria com o SESI ajuda empresas a protegerem colaboradores das síndromes gripais

Iniciativa busca imunizar 70 mil trabalhadores contra a H1N1 e H3N2 em 2022

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  • Do Estúdio

Publicado em 31 de maio de 2022 às 06:00

. Crédito: Foto: Angelo Pontes/Coperphoto/Arquivo Sistema FIEB

O início do período de chuvas na Bahia, em abril, traz consigo uma redução nas temperaturas e, como consequência, uma alta na transmissão de síndromes gripais entre a população, a exemplo da H1N1. A indústria tradicionalmente é um setor fortemente afetado neste período em função do afastamento de colaboradores por conta dos quadros de gripe, prejudicando a rotina de funcionamento das empresas. 

Sofrendo com essa situação ano após ano, a CETREL, empresa de tratamento de efluentes, iniciou em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI) para realizar a imunização dos seus funcionários contra a gripe. “É até difícil lembrar como era a rotina antes dessa iniciativa. Hoje temos um impacto mínimo, pois além do SESI subsidiar as vacinas que chegam a nós por um preço mais barato, disponibilizam uma enfermeira que vem à empresa e aplica as doses sem que os funcionários precisem alterar a rotina”, relata Emerson Moreira, médico da CETREL. 

Com a meta de imunizar 70 mil trabalhadores da indústria baiana em 2022, o SESI iniciou a vacinação contra a H1N1 e H3N2 em empresas de todo o estado da Bahia, e que segue a todo vapor. De acordo com a coordenadora de Promoção da Saúde do SESI Bahia, Angela Magalhães, a ação já existe há mais de 10 anos."A gripe, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), chega a gerar mais de 600 mil mortes a cada ano em todo mundo. O fato de a vacinação ter uma eficácia que chega a 95% fez com que o SESI direcionasse essa campanha para os trabalhadores da indústria, reduzindo essa circulação viral, protegendo o colaborador e a própria indústria, já que esses afastamentos impactam a produtividade e geram sinistros na assistência médica", avalia. Impactos na Indústria  Em março, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou uma pesquisa que mostrou o impacto da Covid e da Influenza na indústria no primeiro bimestre de 2022, quando foi registrado um aumento de casos de Covid e de gripe no país. A sondagem ouviu 1.788 empresas, sendo 753 pequenas, 621 médias e 414 grandes. Para 49% houve um aumento de custos, 48% relataram aumento da incerteza e 43% acusaram queda da produção e da eficiência. Das consultadas, cerca de 90% afirmaram ter afastado algum funcionário em janeiro de 2022 por contaminação ou suspeita de contaminação. Mais da metade delas teve a produção afetada. 

Segundo o gerente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia, Amélio Miranda, tudo é feito para adequar a operação de imunização às necessidades e garantir o sucesso nos resultados. "Anualmente, apresentamos a ação para as empresas parceiras e nossa equipe busca conversar para entender a demanda, em seguida encaminhamos uma equipe que faz a imunização no próprio local de trabalho. Além disso, a empresa também pode optar por contemplar dependentes dos colaboradores", diz Amélio."Nossa meta é expandir a ação para os quatro cantos da Bahia pois entendemos que é uma iniciativa que busca garantir a produtividade da nossa indústria", afirma. Para Charles Andrade, médico da Continental Pneus, os resultados são os melhores possíveis e a ação do SESI ajudou a adequar a sede da empresa no Brasil a uma diretriz recomendada pela matriz alemã. "Existe a política de imunização dos colaboradores em todas as unidades espalhadas pelo mundo e o SESI tem sido um grande parceiro há mais de 10 anos neste sentido. Os resultados não poderiam ser melhores. Aqui registramos muitos poucos casos de afastamento em decorrência da gripe", aponta. 

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