'Parem de depositar na minha conta', diz vendedor de cachorro-quente após ajuda

Em dificuldade por conta da covid-19, ambulante recebeu apoio de estudantes no Recife, mas não quis mais do que o necessário

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  • Rede Nordeste, JC

Publicado em 22 de maio de 2020 às 01:32

- Atualizado há um ano

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Barruada trabalha há 30 anos em frente a uma unidade do Salesiano, em Recife (Foto: Reprodução) A crise econômica no Brasil que veio junto com a pandemia do coronavírus vem deixando vários comerciantes descapitalizados e milhares de outros trabalhadores informais sem renda alguma. Você mesmo deve conhecer pelo menos uma pessoa que está com dificuldade financeira dentro de casa.

Com Joaquim Antônio, infelizmente, o enredo não foi diferente. Conhecido pela alcunha de Barruada, ele é um popular vendedor de cachorro-quente que tem seu ponto em frente ao Colégio Salesiano Recife, na Rua Dom Bosco, área central da capital. Quem estudou lá com certeza o conhece, afinal, há mais de 30 anos Barruada trabalha no local.

Recentemente, Barruada, que com a pandemia ficou sem renda, usou as redes sociais para pedir ajuda financeira aos conhecidos. Sensibilizados, alunos e ex-alunos, sobretudo do Salesiano, se juntaram e começaram a doar dinheiro para o vendedor.

A corrente do bem deu mais que certo. Nesta quarta-feira (20), começou a circular nas redes sociais um vídeo de Barruada não só agradecendo a generosidade de todos, como pedindo para que as pessoas parassem de doar, pois o arrecadado já era mais do que suficiente. O ato de honestidade e gratidão comoveu a web. 

"Aqui é Barruada, que pediu ajuda a vocês. A gente estava olhando a conta que vocês fizeram os depósitos, e queria que vocês parassem um pouco, por favor. O que vocês me ajudaram já da para eu vencer a batalha. Se eu precisar, eu peço de novo a vocês. Muito obrigado mesmo pela ajuda, vocês me ajudaram muito. Muito obrigado", agradeceu Joaquim Antônio, ou, para os que já tiveram o prazer de comer seu cachorro-quente, Barruada.