Patrulha da Polícia Militar vai combater assédios e agressões à mulher no Carnaval

Força integrada terá base fixa no Cristo da Barra

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  • Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 13:52

- Atualizado há um ano

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Para reforçar o combate à violência contra a mulher no Carnaval, a Polícia Militar anunciou, nesta quarta-feira (19), que terá a chamada Força Integrada de Proteção à Mulher – uma patrulha com foco em crimes de importunação sexual, como casos de assédio podem ser enquadrados, e outras agressões. 

A patrulha será formada por 23 policiais, todos integrantes da Operação Ronda Maria da Penha ou do Batalhão de Polícia de Choque. Esses PMs, considerados capacitados para identificar os crimes de gênero, estarão nas ruas no Circuito Dodô (Barra-Ondina), de quinta-feira (20) a terça-feira (25). 

Haverá uma base fixa da patrulha em frente ao Cristo da Barra. Além disso, os policiais da força integrada terão um brasão especial fixado no capacete. A ação ainda inclui a distribuição de panfletos informativos. 

A major Denice Santiago, comandante da Ronda Maria da Penha, destacou que ações como beijar à força, apalpar mulheres, puxões de cabelo e outros atos libidinosos se tornaram crime em 2018. A lei federal 13.718 foi responsável por tipificar o crime de importunação sexual, que pode levar à pena de cinco anos de reclusão. 

“A Polícia Militar está unindo duas grandes unidades para mostrar a sua preocupação e o seu planejamento no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Infelizmente, a cultura impulsionou, no Carnaval, a importunação sexual”, disse a major. “A mulher que se sentir ultrajada, violentada deverá acionar a patrulha mais próxima”, completou a comandante da Ronda Maria da Penha. 

A tenente Daniele Ministro, assessora de comunicação do Batalhão de Choque, destacou que os policiais envolvidos são profissionais capacitados para ter olhar atento às mulheres em situação de vulnerabilidade ou violência. “E a gente tem o intuito também de que essa patrulha seja um referencial para essas mulheres”, afirmou a tenente Daniele Ministro.

Para fazer uma denúncia, basta abordar a patrulha ou ir até o posto da operação especial. No entanto, qualquer policial militar, de qualquer unidade, também pode agir em situações de violência contra a mulher.

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