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Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2020 às 17:58
- Atualizado há 2 anos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tenham um aumento em seu salário de R$ 39,2 mil. Para o ministro os vencimentos, que são o teto do funcionalismo público, são muito baixos.>
Em sua argumentação, ele defendeu que é preciso ter uma “enorme diferença” entre os jovens que iniciam na carreira e os servidores do alto escalão e, por isso, “ministros do Supremo devem receber muito mais do que recebem hoje”.>
“Acho um absurdo os salários da alta administração brasileira. Acho que são muito baixos”, disse Guedes, nesta manhã. Ele participa de uma live, mediada pelo IDP, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a reforma administrativa.>
“Tem muita gente preocupado com o teto. A minha preocupação é o contrário: preservar pessoas de qualidade no serviço público”, disse o ministro da Economia.>
“O Brasil, seguindo o caminho da prosperidade, vai ser difícil reter gente de qualidade, a não ser que o setor público entre na ordem da meritocracia”, afirmou Guedes. “Tem que haver uma enorme diferença de salário, sim, na administração brasileira. Quantos chegam ao Supremo Tribunal Federal, ao TCU?”, completou.>
Guedes citou como exemplo o ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, que saiu do governo em julho deste ano.>
Segundo ele, Mansueto ganhava 20% acima de “um jovem que passou no concurso público para a carreira judiciária”.>
“Todos esses direitos — à estabilidade do emprego, progressão salarial, tudo isso — têm que vir em cima da meritocracia”, afirmou.>
Guedes ressaltou ainda que o jovem que entra na administração pública deve ser avaliado por sete anos. “[Tem que ver se ele] joga bem em equipe, se é confiável ou se é um dos vazadores gerais, se tem responsabilidade, se é assíduo”, completou. >