Pazuello depõe à PF em inquérito que investiga prevaricação de Bolsonaro

Ministro foi à sede do órgão em Brasília para falar do caso Covaxin

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2021 às 10:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Agência Senado

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello chegou à Polícia Federal em Brasília na manhã desta quinta-feira (29) para prestar depoimento no inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no caso da compra da vacina da Covaxin. 

A prevaricação é um crime cometido por agente público que atrase ou deixe de agir de acordo com as obrigações do cargo para satisfazer um interesse pessoal.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disseram à CPI da Covid que informaram ao presidente sobre as suspeitas de irregularidades na negociação para comprar doses da Covaxin. Contudo, nada foi feito e a compra só foi suspensa após o escândalo se tornar público.

Bolsonaro inicialmente disse que não havia sido informado sobre as suspeitas. Depois, afirmou que repassou as denúncias para Pazuello, que era ministro da Saúde na época.

O inquérito na PF foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Como se trata do presidente, que tem foro privilegiado, a investigação é conduzida pelo Serviço de Inquéritos Especiais da PF. O prazo é de 90 dias para conclusão, podendo ser prorrogado.

A vacina da Covaxin foi negociada com o preço mais caro por parte do governo. Seriam adquiridas 20 milhões de doses. O valor a ser pago chegou a ser empenhado.