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Pazuello prevê 60 dias para certificar qualquer vacina contra covid

João Doria insinua motivação política; os dois bateram boca

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 13:50

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Marcos Correa/PR/Arquivo

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nesta terça-feira (7) em reunião virtual com os governadores dos estados que a Anvisa deve demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a covid-19. Com isso, ele e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), bateram boca no encontro.

Pazuello não detalhou se falava da análise para uso emergencial, segundo a Folha de S. Paulo, que seria restrito apenas a grupos prioritários como profissionais de saúde, ou se tratava do registro definitivo da vacina. Ele falava do imunizante da Astrazeneca, que o governo federal já se comprometeu a gastar R$ 1,9 bilhão para importação de doses e depois produção local pela Fiocruz. 

O ministro explicou que os ensaios da fase 3 devem ficar prontos até o fim do mês. Por conta de um erro na dosagem na análise preliminar, os ensaios estão sendo refeitos. "Aí a Anvisa, dentro de sua responsabilidade, vai precisar um tempo. Gira próximo a 60 dias", disse Pazuello.

Ele continuou. "Se houver recomendações incompletas, para o relógio [...] Se isso acontecer, nós só vamos ter registro efetivo da AstraZeneca final de fevereiro, mesmo que tenham chegado as 15 milhões de doses em janeiro. A Anvisa ela seguirá dentro dos seus critérios técnico, com certeza ela vai fazer o mais rápido possível”, explicou Pazuello.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) pressionou para saber se o governo não pensa em comprar outros imunizantes, como a Coronavac, vacina chinesa com supervisão do Instituto Butatan. Pazuello disse que isso não está descartado, mas que a Anvisa ainda esperar os resultados da fase 3. Ele disse que "se houver demanda" pode ser que o governo compre a vacina.

O governo de São Paulo estima que os resultados da fase 3 da Coronavac devem ficar prontos dia 15. O tucano perguntou se o governo federal iria favorecer duas marcas ocidentais por política ou ideologia, citando ainda a Pfizer, laboratório americano com quem o ministro confirmou negociação de mais 70 milhões de doses. Ele lembrou que os dois imunizantes não têm aprovação da Anvisa até agora, motivo que o governo Bolsonaro tem citado ao tratar da falta de negociação pela Coronavac.

O general cutucou Doria, que anunciou que São Paulo vai começar a vacinação em 25 de janeiro. "Tentar acelerar é justo, mas não podemos abrir mão de segurança e eficácia. Nós é que seremos responsabilizados por nossos atos". E continuou: "Não é com o Butantan, é com todas as vacinas". Depois, o ministro ainda subiu o tom: "Não sei por que o senhor diz tanto que ela é de São Paulo. Ela é do Butantan".

"O presidente falou claramente isso aí: todas as vacinas que tiverem seu êxito, sua eficácia com seus registros da Anvisa da maneira correta e, se houver necessidade, por que não adquirir? O presidente colocou de forma clara, o resto faz parte do dia a dia das discussões do país"