Pela primeira vez, USP expulsa aluno acusado de fraudar cotas raciais e sociais

Jovem alegou ser pardo, ter ascendência negra e ser de baixa renda

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  • Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2020 às 16:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Braz Cardoso Neto, 20 anos, cursava Relações Internacionais (Foto: Reprodução) A Universidade de São Paulo (USP) decidiu expulsar um estudante do curso de Relações Internacionais sob a alegação de fraudar cotas raciais e sociais. A medida, que é inédita na história da instituição, foi anunciada nesta segunda-feira (12). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O estudante Braz Cardoso Neto, 20 anos, alegou ser pardo, ter ascendência negra e ser de baixa renda, mas falhou em comprovar a declaração.

Apesar da decisão da instituição, cabe recurso e o caso pode ir parar no Judiciário, segundo avaliaram membros do comitê. A decisão foi unânime.

À comissão responsável pelo julgamento, cujo processo demorou mais de um ano, o jovem enviou fotos de pessoas negras que alegou serem seus avós, mas não compartilhou com os membros do comitê dados que comprovassem parentesco.

Além disso, a ascendência não é critério para inclusão na política de cotas da USP, na qual pesa o fenótipo (aparência).