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Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2021 às 10:27
- Atualizado há 2 anos
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quinta-feira, 12, que acredita que seu líder de governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PI), deve "se sair bem" durante sua oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal. Barros chegou à CPI após ser citado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) como responsável por pressão em uma negociação que estaria sendo feita com um possível pedido de propina.>
Segundo Luis Miranda, ele levou a denúncia de irregularidades no contrato da compra da vacina Covaxin ao presidente, que citou Barros como o responsável pelas negociações. Desde a denúncia, Bolsonaro tem sido cobrado a defender enfaticamente seu líder de governo, que mesmo com as acusações, continuou exercendo seu cargo. O presidente justificou que não poderia afastar Barros baseado somente em denúncias.>
"Não posso ter certeza, mas tenho convicção, pelo que conheço Ricardo Barros, de que nesse caso específico da vacina, onde a CPI me acusa sem ter comprado uma dose, sem ter pago um real, acho que ele vai se sair bem", declarou o chefe do Executivo à Rádio Jovem Pan Maringá - PR. Conforme avalia, Barros é um "deputado experiente e vai lá explicar o que aconteceu".>
Diante das acusações de Miranda de fraude nas negociações da vacina Covaxin, Bolsonaro defendeu que tomou providência, uma vez que o governo não comprou uma dose do imunizante. "(Miranda) Esperou quatro meses pra falar, agora começa a me jogar contra o Ricardo Barros", afirmou, e emendou: "Sigo quieto". Segundo Bolsonaro, se ele fizer um levantamento da ficha de todas as pessoas que falam com ele, "vou deixar de conversar com muita gente". Miranda tem a sua trajetória marcada por polêmicas envolvendo seus negócios e por uma atuação ligada à base governista do Congresso.>
Sobre a decisão da CPI de indiciar Bolsonaro por charlatanismo, após o chefe do Planalto incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus, o presidente rebateu as acusações. "A CPI não tem o que me acusar e vão me acusar agora de charlatanismo e curandeirismo", disse, rindo.>