Pesquisa: 65% dos viajantes corporativos se preocupam com segurança de dados

Assunto é um dos temas do Fórum Agenda Bahia 2018

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  • Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 17:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Uma pesquisa divulgada nesta quinta, dia 30, e encomendada pela Carlson Wagonlit Travel (CWT), empresa global de gerenciamento de viagens corporativas, revela que apenas 35% dos viajantes de negócios do mundo se sentem muito confiantes em não comprometer a segurança de dados corporativos durante suas viagens. Na comparação entre regiões, usuários das Américas estão significativamente mais confiantes (46%) que viajantes da Ásia-Pacífico (28%) e da Europa (27%).

"Esses resultados mostram que ainda há muito a ser feito na educação de viajantes sobre como cuidar dos dados de suas companhias. Por exemplo, a conectividade em espaços públicos pode colocar os dados das organizações em risco", disse Andrew Jordan, Vice-Presidente Executivo e Chief Technology Officer da CWT. 

Conscientização e treinamento são importantes para proteger informações contra qualquer possibilidade de violação de segurança, orienta Jordan. Segundo ele, ao viajar, há três situações nas quais os viajantes consultados afirmam estar mais preocupados em expor dados da companhia: perda ou roubo de notebooks ou outros dispositivos móveis (29%), ao utilizar rede Wi-Fi pública (21%) e ao usar seus equipamentos móveis para trabalhar (9%). 

Outras situações também são fonte de preocupações, como o compartilhamento acidental de documentos da companhia (9%), o acesso aos e-mails corporativos durante as viagens (8%), abertura de arquivos ou a visita a sites questionáveis (8%) e o descarte de documentos impressos (6%). 

Ataques hackers

Aproximadamente metade dos viajantes de negócios se preocupam com violações de segurança enquanto estão online ou tentando se conectar por meio de uma alguma rede que não seja a da empresa. E essa não é a única questão sensível: 37% dos entrevistados admitem ter baixado algum arquivo desconhecido de um remetente não reconhecido - e a mesma porcentagem já tentou abrir e-mails que eram, na realidade, phishing (forma de fraude eletrônica). 

Felizmente, a maior parte dos viajantes corporativos toma uma atitude ao saber de alguma violação de segurança de dados. De acordo com o levantamento, 37% dos consultados alegam desligar imediatamente seus dispositivos, 25% reportam para suas companhias, 34% notificam o departamento de TI. 

A pesquisa revela ainda que 62% dos profissionais entrevistados confirmam saber como reportar um caso de phishing apropriadamente. "Esse percentual pode aumentar significativamente com melhores treinamentos sobre segurança de dados", afirma Jordan. 

Menos de 20% dos viajantes corporativos afirmam receber comunicação formal com frequência e diretrizes sobre segurança de suas empresas, enquanto 34% informam que obtêm alguma orientação sobre o que não fazer. 

Planejamento prévio

A segurança de dados foi tema de um dos painéis realizados no primeiro seminário do Fórum Agenda Bahia 2018, Sustentabilidade do Agora, no último dia 8. No encontro, intitulado A importância da segurança cibernética na era das Smart Cities e da Internet das Coisas, os especialistas Rafael Caubit, Application Security Consultant da empresa Oi, Fernanda Vaqueiro, gerente de Segurança de Inteligência de Rede e MSS da Oi, e a advogada especialista em direito digital, Ana Paula de Moraes, enfatizaram a necessidade de entidades privadas e governamentais realizarem um trabalho de segurança digital desde a concepção de cada projeto.

O seminário também discutiu os dados abertos e o exercício da cidadania; além da nova lei de proteção de dados brasileira, sancionada no último dia 14 pelo presidente Michel Temer e que tem um prazo de 18 meses para as empresas se adaptarem. Em novembro, o fórum irá promover o seu segundo seminário, chamado Humanize-se. 

Sobre a pesquisa

A pesquisa "CWT Safety & Security Study" foi criada pela Carlson Wagonlit Travel e conduzida pela Artemis Strategy Group entre 29 de janeiro e 9 de fevereiro de 2018. Foram ouvidos mais de 2.000 viajantes corporativos das Américas (Brasil, Canadá, Chile, México e Estados Unidos), Europa (França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido) e Ásia-Pacífico (Austrália, China, Índia, Japão, Cingapura e Coreia do Sul). Foram consideradas para o estudo respostas de viajantes com mais de quatro viagens de negócios nos últimos 12 meses. 

O Fórum Agenda Bahia 2018 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Revita e Oi, e apoio institucional da Prefeitura de Salvador, Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Fundação Rockefeller e Rede Bahia.

*Com Agência Estado