Pia Sundhage é a nova técnica da seleção brasileira feminina

Sueca, que é bicampeã olímpica e esteve presente nas últimas três finais, terá contrato de dois anos e substitui Vadão

  • D
  • Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2019 às 11:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Laís Torres/CBF

A CBF anunciou nesta quinta-feira (25) a sueca Pia Sundhage como nova treinadora da seleção feminina de futebol. Ela substitui Vadão, demitido nesta semana, um mês depois da eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo.

O currículo da nova técnica é expressivo: Pia é bicampeã olímpica com a seleção dos Estados Unidos, em Pequim-2008 e Londres-2012, e vice-campeã com a Suécia na edição disputada no Rio, em 2016. Em 2008, venceu o Brasil na final. Em 2012, foi eleita melhor treinadora do mundo após ganhar do Japão. Também foi vice da Copa do Mundo de 2011, com os Estados Unidos.

Antes de aceitar o convite da CBF, ela coordenava o desenvolvimento das divisões de base da seleção sueca. O último trabalho em equipe profissional também foi com a Suécia, que comandou de 2012 a 2017. 

Pia foi jogadora e, como atacante, e disputou a primeira edição da Copa do Mundo feminina em 1991. Também jogou a de 1995 e ainda a Olimpíada de Atlanta-1996, primeira da modalidade no programa olímpico. Está com 59 anos.

De acordo com a CBF, o contrato inicial é de dois anos, com possibilidade de renovação por igual período. O primeiro grande teste da nova treinadora serão os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, com início em julho do ano que vem.

Pia mandou uma mensagem, em inglês, ao público brasileiro através das redes sociais da CBF. "Eu só queria falar para vocês o quanto estou empolgada em treinar o país do futebol, Brasil. Para alcançarmos a melhor performance juntos. Vamos, Brasil".

O presidente da CBF, Rogério Caboclo, detalhou os objetivos da entidade com a escolha. "A escolha da Pia reflete a nova dimensão que vamos imprimir ao futebol feminino no Brasil. A partir da sua chegada, desenvolveremos um planejamento totalmente integrado entre a seleção principal e a base, equilibrando objetivos de curto prazo, como Tóquio-2020, com a renovação contínua dos nossos talentos. Pia reúne a experiência e o talento perfeitos para isso".

"É uma enorme alegria termos essa lenda do futebol feminino no nosso time. Na busca permanente por inovação e excelência, teremos pela primeira vez, uma treinadora estrangeira comandando a seleção brasileira feminina", continuou Caboclo. 

Na carreira, Pia Sundhage também treinou o Boston Breakers (EUA), Kolbotn (Noruega) e Karlslund (Suécia). E foi auxiliar da seleção da China na Copa do Mundo de 2007.

"Adultos e crianças querem jogar futebol. Não importa se é menina ou menino. Você tentará ser muito bom. Só pensa nisso, não importa o gênero. É a mesma coisa como técnica. Para fazer isso, ao olhar a história, você vê que precisa ter vontade, ter paixão e amar o jogo. Às vezes é injusto porque existem alguns obstáculos a mais para as mulheres dentro de um ambiente masculino como o futebol. Mas, se você tem força de vontade e paixão, juntando esses dois elementos, pode fazer a diferença", comentou a nova treinadora da seleção em evento durante o evento Somos Futebol – Semana de Evolução do Futebol Brasileiro, realizado em abril, na sede da CBF.