Polícia decreta prisão preventiva de homem que matou namorada durante relação sexual

Caso ocorreu no domingo (28), e suspeito já estava preso temporariamente

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 30 de julho de 2019 às 17:59

- Atualizado há um ano

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O homem que, segundo a polícia, confessou ter matado a namorada esganada durante um ato sexual em Itagi, no sul da Bahia, teve a prisão preventiva decretada nesta terça-feira (30) pela Justiça Criminal.

Joseph Antuann Santos Torres, 21 anos, e que havia sido preso em flagrante logo após o crime, já foi encaminhado para o Conjunto Penal de Jequié, onde até o dia 29 de julho tinham 640 presos num local feito com capacidade para 416 internos.

No crime, ocorrido na noite de domingo passado, Torres relatou à polícia que matou Adriele Santos Borges, 18, e com quem mantinha uma relação de quatro anos, após agredi-la e esganá-la.

A delegada titular de Itagi, Wilma Caldas, desconfia que haja outro motivo para as agressões. “Informações da família dão conta de que já tinham ocorrido outras agressões por parte dele, mas que nunca tinham sido denunciadas”, ela falou. Joseph Antuann Santos Torres, 21 anos (Foto: Polícia Civil/ Divulgação) O corpo de Adriele foi enterrado nesta terça-feira (30) em Itagi. De acordo com a delegada, a moça trabalhava como vendedora em uma loja de sapatos no centro da cidade, que tem 12 mil habitantes. O crime foi enquadrado pela polícia como feminicídio.

Pela Lei 13.104/2015, o feminicídio é considerado crime hediondo, com pena mais grave, e tem como principal fundamento o fato de ter sido cometido em razão de gênero. O CORREIO não conseguiu contato com a defesa de Torres.

O Atlas da Violência de 2019, divulgado em março, com base em dados de 2017, aponta crescimento do feminicídio no Brasil, com cerca de 13 assassinatos por dia. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007.

Na Bahia, em 2017, foram registrados 487 homicídios de mulheres. O Atlas da Violência é elaborado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública não informou dados atuais sobre o assunto.