Policial cumpre promessa e leva vítima de violência doméstica para 'Dia de Princesa'

Mulher vivia em cárcere privado e sofria abusos físicos e psicológicos

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  • Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2021 às 15:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A semana começou com o coração de Patrícia Barbosa um pouco mais quentinho. Vítima de violência doméstica, ela sofreu com agressões físicas, psicológicas e cárcere privado. Agora, além de finalmente se ver livre, ela ganhou um afago: teve um dia de princesa.

A jovem foi resgatada em outubro do ano passado, por policiais da Base Comunitária de Segurança (BCS) do Calabar. Na época, a comandante da unidade, capitã Aline Muniz, estava de serviço quando foi acionada para uma invasão a domicílio.

“Lá, percebemos que a mulher e seus três filhos sofriam violência doméstica e viviam em situação de cárcere privado. Fizemos o resgate da família e encaminhamos para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher para formalização do crime”, lembrou a oficial. 

No dia do resgate, Patrícia estava muito abalada e relatou que sofria abusos físicos e psicológicos junto com seus três filhos, de 15, 9 e 7 anos. As agressões duraram 15 anos. “Quando encerramos a situação de violência, prometemos a ela um dia de princesa e ontem, com o apoio de nossos parceiros, conseguimos realizar esse desejo. Também conseguimos cuidar dos dentes dela e colocar implantes”, disse a policial, emocionada.

A promessa foi cumprida. Patrícia, que viveu 15 anos de sofrimento, experimentou a sensação de ser acolhida e bem cuidada. Ganhou serviço de manicure, cabeleireiro, fez as sobrancelhas e ganhou uma maquiagem de presente dos profissionais do salão Jane Esmalteria HB, além de receber presentes entregues projeto Sororidade Entre Mulheres, desenvolvido no bairro. Aline também recebeu tratamento dentário.

Hoje, Patrícia vive com os filhos em um imóvel alugado com o apoio da prefeitura e recebe parte do aluguel e o benefício Bolsa Escola. Seu agressor foi preso em fevereiro, durante uma ação da Deam (Brotas) e da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). A vítima tem medida protetiva de urgência e permanece acompanhada pela Operação Ronda Maria da Penha.