População leva comida até BR-324 para apoiar caminhoneiros em protesto

Doações foram feitas pela população e por grupos organizados, como a associação de taxistas de Simões Filho

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  • Gil Santos

Publicado em 25 de maio de 2018 às 12:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Bruno Wendel/ CORREIO

A paralisação dos caminhoneiros não tem prazo para terminar e no que depender da população essa manifestação vai longe. Na manhã desta sexta-feira (25), os motoristas que estão parados na BR-324, entre Salvador e Simões Filho, receberam doações de comida e bebida. Doações são armazenadas em um ponto de distribuição (Foto: Bruno Wendel/ CORREIO) Entre os artigos doados estão pão, sanduíches, refrigerante e água. As doações foram feitas pela população e por grupos organizados, como a associação de taxistas de Simões Filho. Todos os produtos são levados para uma kombi, onde são montadas a refeições e distribuídas para os manifestantes.

Alguns motoristas de carros pequenos que trafegavam pela região também pararam para fazer doações e prestar apoio aos caminhoneiros. Maria Kátia Oliveira, 41, é esposa de um dos caminhoneiros e responsável por organizar a distribuição de alimentos. Na manhã desta sexta, ela animava a categoria.

"Vai chegando caminhoneiro, tá com fome? Come pão, mortadela, queijo, bebe água e suco. Até agora não temos o almoço, mas aguardamos mais doações", dizia, enquanto distribuía os lanches para os trabalhadores.   Trabalhadores recebem lanches na manhã desta sexta (Foto: Bruno Wendel/ CORREIO) A paralisação dos caminhoneiros começou na segunda-feira (21) por conta do preço do diesel, mas a manifestação foi incorporando outras reivindicações da categoria. Ontem, representantes do governo federal e dos trabalhadores chegaram a um acordo, mas os caminhoneiros dizem que o acordo não é justo e, por isso, mantiveram a paralisação.

Por conta do bloqueio postos estão sem combustível em todo o país, aeroportos estão sendo afetados, e supermercados e feiras estão ficando sem abastecimento. O resultado da escassez de alguns produtos, como frutas e verduras, foi o aumento nos preços, que dispararem nas capitais. Em Salvador, algumas lojas da Feira de São Joaquim não estão mais funcionando por conta da falta de mercadoria.