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Yasmin Garrido
Publicado em 25 de abril de 2019 às 05:10
- Atualizado há 2 anos
A Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS) também mostra que a remuneração dos empregados domésticos, principalmente das diaristas (sem vínculos e acesso a direitos), cresceu, já que nos dois últimos anos o valor da hora para a diarista deu um salto se comparado com o valor da hora trabalhada dos empregados domésticos formais, que teve redução. >
A variação da remuneração dos profissionais de carteira assinada, entre 2017 e 2018, foi de -3,6%, sendo igualmente negativa em 3,3% o valor da hora paga aos mensalistas que atuam na informalidade. Já para a atividade de diarista, esse valor sofreu alta de 0,2,%, passando de R$ 7,18 para R$ 7,20. Desta forma, levando em consideração que, em 2018, o tempo médio de atuação de uma diarista eram 20 horas semanais, afirma-se que, por mês, essa profissional receberia o valor de R$ 576 por serviços prestados em uma residência. >
Realidade Mas a realidade nem sempre foi essa. Telma Regina dos Santos, 47 anos, está desempregada, mas já foi diarista autônoma e mensalista de carteira. Na primeira situação, ganhava R$ 25 por dia, o que a motivou a se empregar formalmente. Hoje, com o preço médio da diária a R$ 100, preferiria voltar a ser diarista. “Tudo o que quero e preciso atualmente é conseguir umas diárias para fazer, mas está difícil conseguir”, desabafou. >
Jara está na situação inversa. É diarista e quer acumular um trabalho fixo, com carteira. “Hoje, eu presto serviços em duas residências. Isso me rende, no fim do mês, R$ 800, o que não é suficiente para minhas despesas”, afirmou. >
* Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier>