Prefeito de Urandi nega compra de prêmio e diz ser vítima de instituto pernambucano

Ele é um dos 27 chefes de executivo baianos investigados pelo TCM por compra de diplomas

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  • Luan Santos

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 17:30

- Atualizado há um ano

O prefeito de Urandi, Dorival do Carmo Barbosa (PP), negou ter comprado prêmio que o colocou entre os 50 melhores gestores do Brasil em 2016. Ele é um dos 27 chefes de executivo baianos investigados pelo Tribunal de Contas dos Municípios  (TCM) por compra de diplomas e medalhas por suposto destaque na administração  municipal. 

Em contato com o CORREIO, Dorival disse ter sido vítima da União Brasileira de Divulgação (UBD), que concedeu a honraria a ele e é um dos institutos investigados por vender prêmios a prefeitos e vereadores. 

"Recebi um e-mail dizendo que, por uma pesquisa que fizeram, a minha gestão estava entre as que tinham maior aprovação pela população. Outras maiores aqui da região também estavam. Naquele momento, deu credibilidade. Pagamos apenas uma taxa de inscrição no evento deles. Eu não comprei nenhum diploma, não preciso disso", conta o gestor. 

Contudo, mais à frente ele percebeu algo estranho. "Eles voltaram a me procurar dizendo que tinha sido eleito novamente com boa avaliação. Pedi, em troca, a certidão negativa para que pudesse participar do evento deles. Mas não tinham certidão negativa. Aí eu desconfiei. Inclusive, o Instituto Tiradentes (outro investigado) também me procurou, mas fiquei com o pé atrás por causa da UBD", relata. 

Ele disse que vai entrar com uma ação contra a UBD e afirmou que está disponível para quaisquer esclarecimentos ao TCM. "Fui de boa fé, tudo levou a crer são era uma coisa de credibilidade. Eu fui vítima", frisou.