Prefeitura debate com comunidade a construção do BRT durante mesa redonda

Duas reuniões aconteceram com a presença da comunidade

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  • Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2018 às 11:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: foto: divulgação

Duas reuniões aconteceram na manhã desta quarta-feira (13) entre representantes da prefeitura e a comunidade para tratar sobre as obras de implantanção do BRT. Os corredores exclusivos terão, em seu primeiro trecho, 2,9 km de extensão. O sistema de transporte será responsável pela locomoção de 31 mil pessoas por hora, em horários de pico.

As reuniões aconteceram na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) e na comunidade do Alto do Saldanha, próxima à avenida ACM, em Brotas.

O encontro no Crea-BA contou com as presenças do chefe de gabinete do órgão, Valter Sarmento; do responsável técnico e autor do projeto do BRT, o engenheiro e urbanista Lourenço Valadares; além de representantes da Prefeitura, engenheiros, urbanistas, especialistas da sociedade civil organizada e moradores.

Debate Na ocasião, Lourenço Valadares, engenheiro e arquiteto responsável pelo projeto explicou sobre os possíveis impactos decorrentes da execução da obra, bem como os ganhos após a finalização do sistema de transporte.  "Os cuidados ambientais fazem parte da rotina diária do projeto. A princípio, foram analisados impactos atuais naquele trecho da cidade, comparando perdas e ganhos. Uma árvore que se situe no espaço urbano é um fito cidadão com direitos e deveres. Direito de ser protegida e cuidada, e deveres por causa das obrigações em gerar sombra e de manter a ecofauna”, pontuou Valadares.  A prefeitura, no mês de abril, realizou o plantio de 2 mil árvores em compensação à supressão de vegetais por conta das obras de implantação dos corredores exclusivos do BRT entre a Estação da Lapa e a Ligação Iguatemi-Paralela (LIP). Também está sendo feito transplantes das árvores que estão durante o trecho que contempla o projeto para outras áreas da cidade, conseguindo assim diminuir a retirada de 579 para 154 árvores, além de transplantar 169“Implantamos um projeto que tem objetivos sociais, econômicos, melhoria de qualidade de vida, e nem sempre conseguimos executá-lo sem ter que fazer remoção desse ‘cidadão’. Mas, após a implantação do sistema geométrico do trecho um do BRT - entre o Parque da Cidade e o Iguatemi -, vamos ter, se não a mesma extensão, mais áreas permeáveis", garante o engeneheiro.Projeto O projeto do BRT é focado em três eixos: mobilidade, infraestrutura (com drenagem) e transporte público. Isso porque ele prevê a construção de viadutos, elevados, vias expressas, de obras que irão resolver problemas de alagamento nas avenidas Juracy Magalhães e ACM, além da implantação dos corredores exclusivos e segregados por onde irão circular os veículos do novo modal, que será integrado ao metrô e ao ônibus comum. O primeiro trecho, que vai ligar o Parque da Cidade à região do Iguatemi, já está em fase inicial de obras. 

Foram realizados o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), além de audiências públicas no Ministério Público do Estado, com a participação da sociedade, que acompanhou todo o processo de Licenciamento Prévio concedido pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam).

As obras do BRT são executadas com base em estudos de reestruturação urbanística e paisagismo, intervenções no tráfego com novos viadutos, acessos, ciclovias, rearborização e obras de macro e micro drenagem. Tudo para garantir que o desenvolvimento urbano esteja em sintonia com o meio ambiente.