Prefeitura estuda voltar totalmente às aulas presenciais na segunda (27)

Atualmente, estudantes da rede municipal estão em modelo híbrido; decisão será tomada essa semana

  • Foto do(a) author(a) Gil Santos
  • Gil Santos

Publicado em 21 de setembro de 2021 às 16:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/ Arquivo CORREIO

A prefeitura vai decidir esta semana se vai retomar às aulas totalmente presenciais a partir de segunda-feira (27), em Salvador. Atualmente, os estudantes da rede municipal estão no modelo híbrido, ou seja, com aulas presenciais em alguns dias e aulas virtuais em outros. A expectativa é tornar tudo presencial a partir da próxima semana, mas essa decisão dependerá do avançar da vacinação e da pandemia.

O prefeito Bruno Reis comentou sobre o assunto durante a assinatura da ordem de serviço para a requalificação da Lagoa da Timbalada, no bairro do Cabula, nesta terça-feira (21). Ele disse que nos próximos dias vai analisar os números para tomar uma decisão, mas foi otimista.

“A rede privada já voltou de forma presencial, e nosso desejo é ter as condições para poder voltar a partir de segunda-feira com as aulas presenciais na rede pública municipal. Estamos avaliando e ainda esta semana vamos tomar uma decisão”, disse.

Bruno Reis destacou que os números estão em queda em Salvador e no restante da Bahia, disse que a vacinação está avançando e que a situação está sob controle, mas pediu que a população não relaxe as medidas de proteção e prevenção contra a covid-19 para evitar que os números voltem a subir. Em Salvador, a taxa de ocupação dos leitos de UTI e clínicos está em 24%. Na Bahia, está em 28% e 18%, respectivamente.

“Com o avanço da vacinação e as medidas adotadas a cada dia nós vamos ganhando mais força para enfrentar a variante Delta. Até então, [a variante Delta] não tem tido impacto no nosso sistema de saúde, tanto a prefeitura como o governo do estado estão desmobilizando leitos e os índices de ocupação estão caindo. Em setembro, as UPAs estão amanhecendo sem pacientes aguardando por regulação”, disse.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB) discorda. O coordenador-geral da entidade, Rui Oliveira, disse que a categoria não foi consultada e que pretende se reunir com o prefeito até a sexta-feira (24) para discutir o assunto.

“Precisamos ser ouvidos. Primeiro, a variante Delta é uma realidade em todo o mundo. Segundo, as escolas não podem reduzir o distanciamento de 1,5 metro para 1 metro, porque isso contraria as recomendações de biossegurança. Terceiro, colocar 40 crianças dentro de uma sala de aula é irresponsabilidade”, disse.

As aulas na rede municipal foram retomadas no dia 23 de agosto, mas de forma híbrida. Pais e estudantes estão divididos. Para alguns, as aulas semipresenciais foram um teste de que é possível voltar à rotina de antes da pandemia, seguindo os protocolos. Para outros, ainda é precipitado permitir que 100% dos estudantes frequentem o mesmo espaço. A discussão deve dominar o debate sobre educação nos próximos dias.