Prefeitura vai pavimentar área de 2,9 mil m² na Feira de São Joaquim

Ordem de serviço foi assinada pelo vice-prefeito Bruno Reis

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  • Eduardo Dias

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 11:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Eduardo Dias/CORREIO

Dentro de um prazo de dois meses, a Feira de São Joaquim ganhará uma cara nova. Isso porque ela vai receber da prefeitura municipal de Salvador serviços de pavimentação e drenagem a partir desta quarta-feira (5), quando se inicia as obras para recalcamento e implantação de meio-fio e passeios novos. Serão cerca de 2,9 mil m² de área reformada.

A requalificação era uma demanda antiga dos comerciantes da Feira de São Joaquim, que alegam demora na conclusão das intervenções iniciadas pelo Governo do Estado. O prazo para conclusão da obra da prefeitura é de apenas dois meses e vai contar com um investimento de R$ 435,1 mil. 

A solenidade de assinatura da ordem de serviço foi comandada pelo vice-prefeito e secretário de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Bruno Reis, que autorizou o início das obras. Bruno completa nesta quarta-feira (5) um ano à frente da pasta. Para ele, a atitude da prefeitura de atender o pedido dos comerciantes, não irá atrapalhar a execução das obras da gestão estadual no local.

"Todos sabem que o Governo do Estado está executando um projeto aqui na Feira de São Joaquim, que se arrasta por um longo tempo. Foi iniciada e executada a primeira etapa e, desde então, o projeto não avançou. Os feirantes vêm sofrendo muito, pois tinham uma expectativa e a necessidade que as intervenções fossem finalizadas. Eu estive aqui em pouco mais de um mês e conversei com todos os feirantes e realmente a situação é muito ruim, precária. E, sem comprometer as intervenções que o estado vai realizar no seu projeto, decidimos fazer uma série de intervenções também", afirmou Bruno, que detalhou os serviços já feitos e os que serão realizados pela prefeitura no local.  

"Foi feita uma operação de limpeza, desobstrução de sarjetas, recomposição de meio-fio e melhoramos a iluminação, com implantação de LED. Os recursos que estabelecemos são de R$ 435 mil para fazer a pavimentação na parte do fundo da feira, recapeamento de outras vias que estavam com asfalto velho, drenagem, porque quando chove há alagamentos, e com isso poder melhorar as condições de trabalho dos feirantes", pontuou o vice-prefeito.

Bruno fez questão de frisar que o objetivo da prefeitura não é procurar culpados ou transferir responsabilidades sobre as obras na feira e garantiu que a ideia é fazer com que o local passe a ser visitado por mais baianos e turistas.

"Não queremos aqui procurar culpados ou justificativas, muito menos transferir responsabilidades. Esperamos que o estado avance com o projeto deles e, caso não tenha condições, a prefeitura se coloca à disposição de assumir esse desafio e requalificar essa feira. É um dos locais da cidade que temos produtos de qualidade e preço baixo, muito frequentado pelos cidadãos sotorepolitanos, mas que também, pode, a partir da intervenção em toda área da nossa estratégia, aumentar e estimular o desenvolvimento do turismo e fazer com que aqui se transforme num ponto de visitação onde nos possamos comercializar produtos típicos e que fazem parte da história e cultura da cidade e com isso atrair milhares de turistas", finalizou.

Comerciante há cerca de 10 anos, Carlos Alberto Santos, de 42 anos, ficou animado com a possibilidade de dar um fim nos alagamentos dentro da feira no período de chuvas. "A prefeitura ouviu nossos pedidos e vai acabar com os alagamentos que ficam aqui durante as chuvas. São piscinas de lama e esgoto a céu aberto que se formam por aqui. Isso prejudica as vendas, amos torcer para que as coisas melhorem", afirmou.

Obra em atraso O CORREIO procurou a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), responsável pela obra, que informou por meio de nota que "como parte da requalificação da Feira de São Joaquim, foram realizados serviços de demolição dos espaços comerciais, reconstrução dos mesmos com melhorias, padronização nas instalações físicas, execução do pátio de carga e descarga e passeio com rampas de limpeza, além de dragagem e aterro, recomposição do enrocamento e quebra-mar e instalação de um píer flutuante para receber embarcações com mercadorias e turistas na enseada de São Joaquim".

A pasta informou ainda que nesta primeira etapa da obra foram entregues 397 unidades comerciais, entre novas bancas, boxes e pallets, além de restaurantes e estacionamento. "Vale ressaltar que a administração desta área nova, dotada de infraestrutura adequada, é realizada pelo Instituto São Joaquim, criado pelos feirantes para este fim".

Ainda segundo o counicado, após a conclusão do recadastramento físico das unidades comerciais incluídas na segunda etapa, contemplando mais 407 boxes, 53 pallets e 96 bancas, foi desenvolvido o projeto de engenharia.

"Já se encontra em processo licitatório a contratação de empresa de engenharia para a construção de um espaço dotado de infraestrutura capaz de abrigar os feirantes, que serão remanejados da área onde será realizada a segunda etapa da obra, inclusive com encaminhamento de oficio e documentação para a emissão do alvará".

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier