Presidente da Argentina testa positivo para covid-19, após ter sido vacinado

Vacinas não impedem que o indivíduo seja infectado, apenas que não sofra com graves manifestações da doença

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  • Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2021 às 11:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste sábado, por meio de sua conta no Twitter, que testou positivo para a covid-19. Fernández já havia sido vacinado com a vacina russa Sputnik V.

"No fim do dia de hoje, após ter registrado febre de 37,3 graus e uma leve dor de cabeça, fiz um teste de antígeno cujo resultado foi positivo. Aguardo a confirmação pelo teste PCR, mas já me encontro isolado, cumprindo o protocolo vigente e seguindo as orientações do meu médico", disse Fernández pelo Twitter.

No dia 21 de janeiro, o presidente argentino postou no Twitter uma foto sua na qual aparecia recebendo a vacina Sputnik.

Na postagem de hoje, Fernández informou também que entrou em contato com as pessoas com as quais havia se reunido nas últimas 48 horas para avaliar se seria necessário que também ficassem em isolamento.

"Estou bem fisicamente e, ainda que quisesse ter terminado o dia do meu aniversário (ontem, 2) sem esta notícia, também encontro-me bem de ânimo", continuou o presidente no Twitter hoje. Ele pediu ainda que os cidadãos mantenham os cuidados ante a pandemia.

"Devemos ficar muito atentos. Peço a todos e todas que se preservem e sigam as recomendações vigentes. É evidente que a pandemia não passou e devemos continuar nos cuidando", afirmou.

Vacina impede casos graves O Instituto Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento da vacina russa SputnikV, respondeu ao tuíte do presidente argentino Alberto Fernández, no qual ele anunciou ter testado positivo para covid-19, reforçando sobre a eficácia da vacina. Fernández havia tomado as duas doses da Sputnik, em janeiro e em fevereiro. "Estamos tristes de ouvir isto (o anúncio da infecção do presidente argentino). A SputnikV é 91,6% efetiva contra a infecção e 100% eficaz contra casos raros. Se a infecção de fato é confirmada e ocorre, a vacinação garante rápida recuperação sem sintomas severos. Desejamos a você (Fernández) uma rápida recuperação", afirmou o Instituto na postagem pelo Twitter. Em entrevista à CNN que foi ao ar nesta manhã o médico Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa, afirmou que em 35 países a Sputnik ainda não teve aprovação de agências sanitárias. Procurado pela reportagem, o instituto não confirmou essa informação, mas reforçou que a Sputnik está aprovada para uso em 59 países e que é a segunda no mundo em número de aprovações por órgãos reguladores governamentais.