Presidente da Caixa diz que é impossível acabar com filas em agências

Para ampliar o atendimento, 1.600 agências estão abrindo duas horas mais cedo

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  • Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2020 às 20:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/ CORREIO

Numa semana em que as agências da Caixa Econômica Federal de todo o Brasil ficaram lotadas, o presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmou que é impossível acabar com as filas para o saque do auxílio emergencial de R$ 600.  Segundo ele, o banco está fazendo o possível para reduzir aglomerações e adotou medidas como ampliação de horário de atendimento e contratação de mais funcionários. O comentário foi feito nesta sexta-feira (1º).

Nos últimos dias, pessoas foram vistas dormindo em frente às agências, e cadastrados se aglomeravam nas filas, sem respeito ao distanciamento social para evitar contaminação pelo novo coronavírus. 

Segundo o presidente da Caixa, cerca de três mil vigilantes foram contratados para organizar as filas – outros dois mil devem entrar em atividade nesta semana. Também foi reforçado o número de recepcionistas. 

Para ampliar o atendimento, 1.600 agências estão abrindo duas horas mais cedo. O banco também colocou agências para funcionar aos sábados. Guimarães afirmou ainda que a Caixa buscou ajuda de prefeituras para que auxiliem na organização das filas. “Sabemos que houve nesta semana uma aglomeração grande. Estamos trabalhando para resolver... Resolver, não. Não há nenhuma possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em três semanas e não existir fila. Isso não existe. Não vou prometer o que é impossível. O que nós faremos é mitigar, reduzir as filas”, disse em entrevista por videoconferência à Folha de S. Paulo.

No primeiro mês de vigência do auxílio, não houve separação dos dias de pagamento a beneficiários do Bolsa Família e outros cadastrados, o que levou a um acúmulo na demanda. Em maio, o banco vai anunciar um novo cronograma de pagamentos para evitar essa coincidência de datas. Os repasses da segunda parcela do auxílio, anteriormente previstos para o fim de abril, devem ser iniciados apenas na próxima semana.

Até esta quinta-feira (30), a Caixa havia confirmada o pagamento do auxílio a 50 milhões de beneficiários. Segundo o banco, 26 milhões de pessoas que se cadastraram são inelegíveis por não cumprirem algum dos requisitos do programa. Outros 12,4 milhões de inscritos estão com status "inconclusivo". Uma das hipóteses é o preenchimento errado de alguma informação. Nesse caso, é possível fazer nova solicitação pela internet.