Presos fazem rebelião em presídio no Rio após intervenção federal

Motim ocorre na Penitenciária Milton Dias Moreira, na Baixada Fluminense

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  • Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 21:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Detentos iniciaram neste domingo (18) uma rebelião na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, dois dias depois do anúncio da intervenção federal no Rio. Agentes penitenciários são mantidos como reféns.

A intervenção anunciada na sexta (16) transfere ao general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, a gestão das forças de segurança do Estado, incluindo as polícias militar e civil, os bombeiros e a administração penitenciária.

Conforme nota divulgada por volta de 19h45 pela Seap, inspetores de segurança e administração penitenciária frustraram, ainda de tarde, uma tentativa de fuga de internos na penitenciária. “Logo após, os internos iniciaram um motim. A Seap informa ainda que há reféns, no momento”, diz a nota.

O Grupamento de Intervenção Tática (GIT da Seap está no local. O Batalhão de Choque e diversas unidades da Polícia Militar (PM também apoiam a ação diante da rebelião.

Hoje mesmo a Secretaria de Administração Penitenciária anunciou que havia reforçado a segurança nos presídios cariocas após o anúncio da intervenção. "Uma série de medidas operacionais foram adotadas, com o objetivo de impedir instabilidades no sistema carcerário", disse, em nota, o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves Alves. Questionada, a secretaria não detalhou quais seriam as “medidas de controle”.

A Seap não detalhou quais são as medidas. Na nota, diz que mudanças no controle dos presídios já vinham sendo elaboradas desde a posse de Alves, no dia 24 de janeiro, e foram antecipadas após o anúncio da intervenção.

Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a Penitenciária Milton Dias Moreira tem capacidade para 884 detentos, mas mantinha em janeiro 2.027 presos.

Relatório de inspeção do CNJ referente ao mês de janeiro informa que já foram encontradas armas de fogo e aparelhos de telefone celular na penitenciária. O relatório concluir que as condições do estabelecimento penal são ruins.