Prévia da inflação na RMS para abril é a segunda maior do país

Alta nos alimentos e transportes puxaram a prévia do mês

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  • Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2019 às 11:01

- Atualizado há um ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,72% em abril deste ano. A taxa é superior às registradas em março deste ano (0,54%) e em abril do ano passado (0,21%). É também a maior taxa para o mês desde 2015 (1,07%).

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxas de inflação de 1,91% no ano e de 4,71% em 12 meses.

Na na Região Metropolitana de Salvador, o índice teve forte aceleração, indo a 1,06%. Foi o segundo maior índice dentre as 11 áreas investigadas pelo IBGE, abaixo apenas do verificado na Região Metropolitana de Porto Alegre (1,26%), e significativamente superior à média nacional (0,72%).

Foi também a maior prévia da inflação para um mês de abril da série histórica disponível para os índices regionais do IPCA-15 (desde 2012). Em março, o IPCA-15 da RMS havia ficado em 0,29%.

Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, seis tiveram altas em abril, na RMS. Os maiores aumentos ocorreram em Alimentação e bebidas (1,92%), Vestuário (1,42%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,36%).

Lanches e transporte Entre os gastos com alimentação, os que mais pressionaram o IPCA-15 para cima, na RMS, foram, novamente, aqueles com os alimentos consumidos em casa. A alimentação no próprio domicílio aumentou 2,64%, puxada por itens como o tomate (30,46%), a farinha de mandioca (10,06%) e a carne-seca e de sol (6,35%). O tomate foi, individualmente, o produto que mais contribuiu para a alta do IPCA-15 de abril, na Região Metropolitana de Salvador.

Mas a alimentação fora de casa também teve aumento (0,32%), puxada sobretudo pelos lanches (1,45%), embora com menor contribuição para a prévia da inflação do mês.

Dentre as despesas com transportes, o aumento dos ônibus urbanos (3,20%) foi a principal pressão de alta no IPCA-15 de abril, refletindo o reajuste de preços anunciado no fim de março, em Salvador. A gasolina (1,74%) também se manteve como um dos itens que mais puxaram a prévia da inflação para cima na RMS.

Dentre os grupos de produtos e serviços que tiveram deflação e ajudaram a conter a prévia da inflação de abril na RMS, os destaques foram para Artigos de residência (-0,06%), puxados pela queda em muitos itens de mobiliário (-0,67%), e Comunicação (-0,07%), com influência maior do telefone fixo (-0,29%).

Nacional Os principais responsáveis pela inflação da prévia de abril foram os transportes, que tiveram alta de preços de 1,31%, puxada pelos combustíveis (com alta de 3%), em especial, a gasolina (3,22%).

Os alimentos e bebidas também tiveram um impacto importante no IPCA-15, com uma inflação de 0,92% na prévia do mês. Outro grupo que influenciou a prévia da inflação foi saúde e cuidados pessoais (1,13%).

Apenas o grupo de despesas comunicação teve deflação, ou seja, queda de preços (-0,05%). As demais classes de despesas tiveram as seguintes taxas de inflação: educação (0,06%), despesas pessoais (0,12%), habitação (0,36%), artigos de residência (0,41%) e vestuário (0,57%).