Primeiro dia de lojas grandes abertas tem filas gigantes na Avenida Sete

Em loja das Mercês, fila passava de um quarteirão; clientes explicam

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  • Gil Santos

Publicado em 24 de julho de 2020 às 10:44

- Atualizado há um ano

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. por Nara Gentil/CORREIO

Não adiantou a prefeitura pedir prudência. No primeiro dia de reabertura das lojas com mais 200 metros quadrados houve fila na porta desses estabelecimentos e algumas aglomerações. As grandes redes varejistas foram fechadas em março, no início da pandemia, e depois de quatro meses sem poder fazer compras presenciais, o público resolveu tirar o atraso nas primeiras horas desta sexta-feira (24). 

Os motivos para sair de casa foram os mais diversos, mas o mais comum foi uma tentativa de aproveitar possíveis promoções que as lojas talvez oferecessem nesse primeiro dia. Alguns clientes saíram frustrados. O mestre de obras José da Anunciação, 45 anos, esperava comprar um aparelho de televisão novo, mas não conseguiu. "Eu pensei que teria alguma promoção, mas não vi nada. Os preços estão normais", disse. 

Os lojistas apostaram na segurança. Em todas as lojas havia ao menos um funcionário na porta com medidor de temperatura e álcool para os clientes. Algumas até tentaram demarcar os lugares no chão, mas as filas extrapolaram todas as expectativas. A maior, sem dúvidas, era a 10&Cia, nas Mercês. A fileira de gente avançava por um quarteirão inteiro, atravessava a rua e continuava na calçada seguinte. Segundo os clientes, esse movimento é normal, como contou a estudante Isabela Souza, 25 anos.

"Eles têm bons produtos e o preço é bom também, então, normalmente o movimento já é grande. Agora, com o acesso controlado e com todo mundo em fila, é que a gente está vendo a quantidade", disse.

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A loja tentou facilitar criando uma fila apenas para a prioridade, mas por volta das 10h30, meia hora depois de abrir, só essa fila tinha 22 pessoas. Os estabelecimentos que vendem tecidos também tiveram demanda alta, assim como as lojas de eletrodomésticos.

Conforme anunciado pela prefeitura, as lojas com mais de 200 metros quadrados só poderiam reabrir quando a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da capital para covid-19 permanecesse cinco dias seguidos em 75% ou menos. Essa meta foi atingida no domingo (19), e assim permaneceu até ontem, o que permitiu a reabertura hoje.

Pela manhã, o prefeito ACM Neto comentou que a taxa fechou em 73% ontem. Ele disse que fiscais da prefeitura estarão nas ruas acompanhando a retomada. "10h20 nossos fiscais estão realizando o trabalho de fiscalização pelas lojas acima de 200 metros quadrados. Ao meio dia vamos incorporar a fiscalização aos shoppings centeres. Vamos observas todos os detalhes que foi publicado no protocolo. Peço paciência às pessoas, porque a cidade é muito grande e temos que contar com cada cidadão, cada um será fiscal", disse Neto, afirmando que as pessoas poderão denunciar irregularidades pelos números 156 e 160. "Vamos agir com todo rigor e não vamos tolerar descumprimentos", garantiu.