Primeiro semestre de 2020 teve aumento de 20.000% no número de ciberataques

Vírus se disfarçaram de plataformas de ensino a distância e de videoconferência

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  • Do Estúdio

Publicado em 28 de setembro de 2020 às 17:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Shutterstock

Durante pandemia, outro tipo de vírus põe em risco segurança de usuários: o malware. Esse termo muito conhecido entre os profissionais de Tecnologia da Informação alerta para a necessidade de proteger computadores e celulares contra ciberataques. Somente no primeiro semestre deste ano, houve um aumento de mais 20.000% no número de usuários atacados por vírus disfarçados de aplicativos de conferência ou de ensino a distância, segundo relatório da Kaspersky.

O relatório destaca que os recursos educacionais on-line estiveram entre os principais alvos desses ataques, que visam sobrecarregar uma rede até que o servidor fique inacessível. Os ataques a plataformas de aulas on-line cresceram mais de 350% de janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os ataques aos usuários na internet envolvem apenas um computador, mas o que tipicamente ocorre é um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), que envolve uma "botnet" (uma série de computadores infectados que podem executar tarefas simultâneas).

No caso de plataformas educacionais vítimas deste tipo de ataque, a página da instituição pode ficar “fora do ar” no intervalo de tempo de alguns dias e semanas, causando transtornos nas operações das organizações e, no caso de recursos educativos, impedindo estudantes e professores de acessar os materiais de ensino.

"A educação a distância tornou-se uma necessidade para milhões de estudantes em todo o mundo e muitas instituições de ensino foram forçadas a fazer a transição com pouca ou nenhuma preparação. O consequente aumento da popularidade das plataformas educacionais on-line, associado à falta de preparação, tornou o setor educacional um alvo ideal para ciberataques. Tendo em conta que muitas escolas e universidades planejam continuar a realizar aulas a distância, é fundamental que as organizações tomem medidas para proteger os ambientes de educação digital", comenta Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil.

Além dos ataques virtuais às plataformas de educação, o antivírus Kaspersky detectou ameaças disfarçadas de aplicativos como o Moodle, Zoom, edX, Coursera, Google Meet, Google Classroom e Blackboard, esta última, muito utilizada por professores e alunos de cursos de graduação.

Dicas para proteger o computador contra vírus Algumas medidas simples podem impedir que vírus ataquem a segurança de dispositivos de rede. Dentre as medidas apresentadas pela Microsoft estão:

- Instalar um aplicativo antimalware (antivírus). O Windows Defender é um software antimalware gratuito incluído no Windows e pode ser atualizado usando o Windows Update. Além deste, existem outros como McAfee, AVG AntiVirus, Avast, Avira, Bitdefender etc.

- Não abrir mensagens de e-mail de remetentes desconhecidos ou anexos de e-mail que você não reconhece. Mesmo que sinta curiosidade, não abra se você desconhecer o remetente ou anexo!

- Usar um bloqueador de pop-ups com o navegador da Internet. No Windows, por exemplo, o bloqueador de Pop-ups do Windows Internet Explorer é ativado por padrão.

- Se estiver usando o Internet Explorer, verificar se o Filtro SmartScreen está ativado.

- Ter bastante cuidado ao executar aplicativos não reconhecidos baixados da Internet, pois estes têm mais chances de não serem seguros.

- Limpar o cache da Internet e histórico de navegação.

- Se estiver em um site que solicita dados bancários, observar se há o símbolo de um cadeado na barra do endereço eletrônico.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil