Procurador da Fazenda esfaqueia juíza dentro do TRF de São Paulo

Após ferir vítima no pescoço e lançar jarro em sua direção, acabou preso

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  • Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 21:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção foi preso nesta quinta-feira (3) depois de tentar matar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Segundo o site Conjur, ele invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras, convocada para substituir o desembargador Paulo Fontes, em férias, e chegou a acertar uma facada no pescoço dela, mas o ferimento foi leve. Apesar disso, ele pode responder por tentativa de assassinato.

Antes do incidente, o procurador despachara com uma desembargadora, quando já se mostrou alterado. Assunção então foi ao gabinete de outro desembargador. Ele presidia uma sessão de julgamento e não estava no gabinete no momento.

O procurador então invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras, convocada para substituir o desembargador Paulo Fontes, em férias, quando desferiu a facada.

A juíza trabalhava em sua mesa e foi surpreendida pela invasão do procurador, mas conseguiu se afastar dele — as mesas dos desembargadores são bastante amplas, o que dificultou o acesso de Assunção à vítima.

Diante do insucesso, ele ainda tentou jogar uma jarra de vidro na direção da magistrada, mas errou. O barulho da jarra quebrando foi o que chamou a atenção dos assessores. E o procurador foi imobilizado pelas pessoas que estavam dentro do gabinete durante a ação.

Assunção foi preso em flagrante e no momento aguarda a chegada da Polícia Federal para ser levado da sede do tribunal. Ele ainda não tem advogado constituído.

Surto Segundo o site, quem viu o procurador se movimentar pelo tribunal comentou que ele parecia em estado de surto e intercalava frases sem sentido com de efeito sobre "acabar com a corrupção no Brasil".

Ao ser imobilizado, o procurador se mostrou confuso. Segundo os seguranças que o detiveram, Assunção afirmou que deveria ter entrado armado no tribunal, “para fazer o que Janot deixou de fazer”. A Polícia Federal deu voz de prisão ao agressor.