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Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2022 às 11:42
- Atualizado há 2 anos
O procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, que agrediu a chefe, a procuradora-geral de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, ainda não foi exonerado do cargo e voltou a receber o salário de R$ 6.962,81, desde o fim de sua suspensão.>
Segundo o G1, o agressor está preso há três meses e teve o salário alto suspenso apenas por um mês, mas voltou a receber o valor novamente, mesmo preso e longe do trabalho. >
Demétrius foi suspenso por 30 dias e, de acordo com a prefeitura da cidade de Registro, o salário foi suspenso no primeiro mês da agressão, mas o processo administrativo segue ocorrendo, então, o procurador ainda não foi exonerado porque ainda não ocorreu a conclusão do processo. A finalização deve ocorrer no dia 18 de outubro.>
"As decisões da comissão foram baseadas em jurisprudência [leis]. A jurisprudência da Corte fixou entendimento no sentido de que o fato de o servidor público estar preso preventivamente não legitima a administração a proceder a descontos em seus proventos", explicou a prefeitura. >
"Comportamento antissocial" Na época, a procuradora contou que o agressor tinha um comportamento "antissocial" no local de trabalho. Eles conviveram por quase 10 anos. Ela fez um pedido para abertura de um procedimento contra Demétrius e pouco depois ele a agrediu. >
Falando à TV Tribuna, a procuradora contou que no começo eles tinham uma boa relação de trabalho. >
"No início, sim. Acredito que até 2018 ainda conversávamos. De vez em quando, saíamos juntos, quando tinha uma festa de aniversário de alguém da procuradoria", relembrou.>
Depois que Gabriela foi nomeada procuradora-geral da cidade, Demétrius ficou mais fechado e mudou de comportamento, conta. "Era uma pessoa antissocial, não conversava com a gente, não dava ‘bom dia’, não cumprimentava na rua, não era colaborativo, não se integrava no trabalho. Era praticamente impossível um trabalho em grupo com ele", acrescentou. >
Com o comportamento do colega, Gabriela diz que passou a temer alguma relação violenta dele, mas não imaginava que chegaria ao ponto de ser espancada. “Eu tinha medo, sim. Tinha medo de que fosse acontecer isso, mas não imaginava que fosse ser uma violência física, achava que fosse um ‘bate boca’, uma discussão”. >