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Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2019 às 15:43
- Atualizado há 2 anos
O professor de catequese José Antônio Silva, 47, é acusado de pedofilia e está foragido. De acordo com o site Metropoles, ao menos 12 vítimas, todas familiares do acusado, já relataram abusos sofridos enquanto eram crianças. Os crimes aconteceram na cidade de Brasília (DF)>
Os crimes ocorriam em um quarto da casa dos pais do suspeito. As vítimas tinham entre 4 e 10 anos quando os ataques ocorreram. O delegado Douglas Fernandes de Moura, que investiga o caso, contou ao Metropoles que o acusado se valia da confiança que tinha dos familiares para ficar sozinho com as crianças e cometer os atos. As vítimas identificadas são a maioria sobrinhos do acusado. “Ele falava que mostraria desenhos e jogar videogame e praticava os abusos, que variavam entre a prática de sexo oral, penetração anal. Além disso, ejaculava na boca das crianças e dizia que aquilo era bom para que elas crescerem fortes e saudáveis. Que era para eles aprenderem e, quando crescessem, praticar com as namoradas”, descreveu o delegado.Chocante O caso teria impressionado até mesmo os policiais. “Muito chocante pela proximidade que ele tinha com as vítimas. Todos os policiais da delegacia, especializados na matéria de combate a abuso contra crianças, nunca tinham visto uma situação tão absurda como essa”, disse o delegado.>
Das 12 vítimas até o momento identificadas, 11 são meninos e apenas uma mulher. A delegacia tem informação de outras seis vítimas, mas ainda não procuraram a delegacia para depor. Além de catecista, José Antônio também dava aula em uma escolinha de futebol.>
Apesar das duas atividades, onde lidava com criança em ambas, o acusado não tinha emprego formal e nenhum histórico criminal. “Os abusos começaram ainda quando ele morava com a mãe: levava as crianças para lá quando não havia ninguém. Depois de casado, aproveitava os momentos em que a mulher estava fora para violentar as crianças”, descreve o delegado.>
Quebra-cabeças de crianças nuas A polícia tenta encontrar fotos e vídeos que José Antônio teria gravado enquanto praticava os estupros. Uma das vítimas contou, em depoimento, que ele deu, de presente, um quebra-cabeças com fotos de crianças nuas para elas montarem. “Não encontramos essas imagens. Se ele as tinha, ou ocultou, ou destruiu”, diz Douglas Moura.>
O denunciante A primeira vítima que procurou a polícia foi um sobrinho de José Antônio, que hoje tem 30 anos. Apesar dos crimes terem ocorrido décadas atrás, o denunciante só resolveu ir até as autoridades após ver o acusado se aproximar de seu filho, que ainda é bebê, e ficar com medo da história se repetir.>
Os crimes de pedofilia atribuídos ao professor datam de 25 anos atrás. A vítima mais recente, no entanto, um menino de 4 anos, teria sido violentada em dezembro de 2018. José Antônio é investigado por crimes como estupro de vulnerável.>