Programação religiosa para Semana Santa 2021 é divulgada; confira

Número de fiéis será reduzido nas igrejas e paróquias da cidade

Publicado em 18 de março de 2021 às 15:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Sara Gomes/Arquidiocese de Salvador

A pandemia da covid-19 também vai afetar as celebrações da Semana Santa, que este ano terá como tema "Tempo forte que recorda a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. A primeira mudança é a redução no número de fiéis nas 101 paróquias, localizadas em cinco municípios, que compõem a Arquidiocese de Salvador. Cada comunidade está organizando as celebrações, de modo a alcançar os fiéis pelas redes sociais (a programação de cada paróquia pode ser conferida nas secretarias paroquiais).

Já na Catedral Basílica de Salvador, localizada no Terreiro de Jesus, todas as celebrações serão presididas pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha. Assim como nas paróquias, os fiéis que desejarem participar presencialmente na Catedral, deverão entrar em contato, por telefone (71 3321-4573), para realizar o agendamento. Contudo, aqueles que não conseguirem vaga, ou que são do grupo de risco, poderão acompanhar, em tempo real, pelo perfil oficial da Arquidiocese de Salvador no Facebook: @ArquidioceseSalvador ou pela Rede Excelsior de Comunicação (AM 840 e FM 106,1).

Confira, abaixo, a programação da Semana Santa na Catedral Basílica:

- Domingo de Ramos (28 de março) – Missa, às 10h (não haverá procissão);

- Quinta-feira Santa (1º de abril) – Missa da Instituição da Eucaristia (Ceia do Senhor), às 17h. Não haverá a cerimônia do Lava-pés. Ainda na Quinta-feira Santa acontece a Missa da Renovação das Promessas Sacerdotais. -Contudo, este ano esta Celebração Eucarística foi transferida para o dia 15 de maio, às 9h

- Sexta-feira Santa (2 de abril) – Celebração da Paixão do Senhor, às 15h

- Sábado Santo (3 de abril) – Vigília Pascal, às 17h30

- Domingo de Páscoa (4 de abril) – Santa Missa Solene, às 10h

Orientações pastorais para a semana Santa

Em mensagem ao clero da Arquidiocese de Salvador, o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, divulgou as orientações pastorais para a Semana Santa 2021. O texto oferece indicações para a vivência deste tempo, com os devidos cuidados para a não disseminação do novo coronavírus. Confira:

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

_“Neste dia a Igreja recorda a entrada do Cristo em Jerusalém para realizar o seu mistério pascal”_ (Missal Romano, pg. 220).

1- Neste sentido, o Memorial da Entrada do Senhor em Jerusalém seja comemorado dentro do edifício sagrado, sem bênção, nem procissão de ramos.

2- Na Matriz de cada paróquia ou em outros lugares seja usada a terceira-forma ou entrada simples (Missal Romano, pg. 229).

3- Na Catedral Basílica, conforme o Decreto da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos será adotada a segunda forma prevista pelo Missal Romano.

4- A coleta para a Campanha da Fraternidade acontecerá neste dia 28 de março de 2021, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.

60% da coleta ficarão à disposição do Fundo Diocesano da Solidariedade. 40% da coleta são destinados para o Fundo Nacional de Solidariedade, através das Cúrias Diocesanas.

5- Considerando que a terceira-forma ou entrada simples não prevê nem a bênção nem a procissão, os párocos e administradores paróquias poderiam sugerir aos fiéis que em suas casas assistam a celebração com os ramos nas mãos e que depois os mesmos ramos sejam colocados nas janelas ou portas de suas casas.

MISSA DO CRISMA E DA RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS SACERDOTAIS

“Esta Missa, que o Bispo celebra com o seu presbitério, seja como um sinal de comunhão dos presbíteros com o seu Bispo” (Missal Romano, pg. 235).

1- A Missa do Crisma, com a benção dos Santos Óleos, a consagração do óleo do Crisma e a renovação das promessas sacerdotais, na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, será dia 15 de maio de 2021, às 9 h, na Catedral Basílica de São Salvador.

MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR

“Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao sagrado Tríduo pascal e propõe-se comemorar aquela última ceia na qual o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tendo amado até ao fim os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho, e os entregou aos Apóstolos para que os tomassem, e lhes mandou, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que os oferecessem também” (Cerimonial dos Bispos, n. 297).

1- Neste dia, os padres recebem excepcionalmente a faculdade de celebrar a Missa, sem a participação popular, na igreja Matriz. Isto se dá porque o Missal Romano orienta: “Segundo antiga tradição da Igreja, proíbe-se neste dia qualquer Missa sem povo” (Missal Romano, pg. 247).

2- O Lava-Pés, já opcional, é omitido.

3- No final da Missa na Ceia do Senhor, a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no tabernáculo (sacrário). Após a reposição do Santíssimo Sacramento no sacrário, feita pelo diácono ou pelo próprio sacerdote, o mesmo poderia permanecer por algum tempo em adoração. Nesse caso não se usa o ostensório. A pessoa responsável pelo canto poderia entoar o canto “Tão Sublime Sacramento”. Todos se retiram em silêncio.

4- O altar é desnudado. Pode-se conservar o costume de cobrir as cruzes e imagens da igreja a não ser que já tenham sido veladas no sábado antes do V domingo da Quarema (cf. Carta Circular Paschalis Sollemnitatis, sobre a Preparação e Celebração das Festas Pascais, n. 57). As cruzes permanecerão veladas até o fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa. As imagens, até o início da Vigília pascal.

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR

“Neste dia, em que ‘Cristo nossa Páscoa foi imolado’, torna-se clara realidade o que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava” (Cerimonial dos Bispos, n, 312).

1- Considerando a rubrica n. 12 do Missal Romano (pg. 255) e o momento em que vivemos no mundo inteiro, a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB propõe uma oração específica pelos que padecem a pandemia do Covid-19. Seguem as orientações:

Obs.: Essa intenção deve ser incluída antes da décima, tornando-se, deste modo, a penúltima, pois a última rezará “Por todos os que sofrem provações”:

1.    Pelos poderes públicos …

2.    Pelos que padecem a pandemia do Covid-19

Oremos ao Deus da vida, salvação do seu povo, para que sejam consolados os que sofrem com a doença e a morte, provocadas pela pandemia do novo coronavírus; fortalecidos os que heroicamente têm cuidado dos enfermos; e inspirados os que se dedicam à pesquisa de uma vacina eficaz. Reza-se em silêncio.

1. Depois o sacerdote diz: Ó Deus, nosso refúgio nas dificuldades, força na fraqueza e consolo nas lágrimas, compadecei-vos do vosso povo que padece sob a pandemia, para que encontre finalmente alívio na vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

2- Terminada a oração universal, faz-se a solene adoração da santa Cruz. Propõe-se a Primeira forma por razões pastorais.

3- Apresentação da Santa Cruz A Cruz velada é levada ao altar, acompanhada por dois ministros com velas acessas. O sacerdote, de pé diante do altar, recebe a Cruz. Os ministros que levam as velas nos castiçais se posicionam afastados do sacerdote pelo menos a um metro e meio de distância. O rito de prossegue conforme o Missal Romano (pg. 260).

4- Adoração da Santa Cruz Depois do desvelamento da Cruz o sacerdote a entrega ao diácono ou a outro ministro. Em seguida, o ato de adoração na Cruz através do beijo é limitado apenas ao celebrante. Durante a adoração feita unicamente pelo celebrante canta-se a antífona Adoramos, Senhor, vosso madeiro, os Lamentos do Senhor, ou outro canto apropriado.

5- Os párocos ou administradores paroquiais, através dos meios de comunicação ou redes sociais, avisem com antecedência aos fiéis para providenciar um crucifixo ou uma Cruz, a fim de que no momento da adoração da Cruz, cada família também faça a adoração da Santa Cruz na própria casa.

6- A coleta para os Lugares Santos será realizada neste dia 02 de abril de 2021 e entregue integralmente à Cúria Arquidiocesana, que fará o repasse à Nunciatura Apostólica.

VIGÍLIA PASCAL

“Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve considerar-se ‘a mãe de todas as santas Vigílias’. Pois, nela, a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-a com os sacramentos da Iniciação cristã” (Cerimonial dos Bispos, n. 332).

1- Conforme o Decreto da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos com data de 25 de março de 2020: “Para o “Início da vigília ou Lucernário” omite-se o acender do fogo, acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal (Exsultet). Portanto, na Noite do Sábado Santo não acontecerá a Celebração da Luz ou Primeira Parte da Vigília fora da igreja.

2- O Círio Pascal será preparado com antecedência e colocado no candelabro antes do início da celebração no centro do presbitério ou junto ao ambão. 3- No início da Vigília Pascal (Celebração da Luz), “omite-se o acender do fogo; acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal (Exsultet)”.

4- De acordo com as rubricas do Missal Romano, por razões pastorais, pode-se diminuir o número de leituras. Mas devem-se ler ao menos três do Antigo Testamento ou, em casos mais urgentes, duas antes da Epístola e do Evangelho. A leitura do Êxodo, cap. 14,15 – 15,1 nunca pode ser omitida.

5- Na Liturgia Batismal não serão celebrados batismos; permanecerá apenas a renovação das promessas batismais.

6- Os párocos e administradores paróquias poderiam sugerir aos fiéis que providenciassem, com antecedência, uma vela que seria acessa no momento da Renovação das Promessas Batismais.

7- A Liturgia Eucarística seja realizada, como de costume, conforme o Missal Romano.

DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

“A Missa do dia da Páscoa deve ser celebrada com grande solenidade” (Carta Circular Paschalis Sollemnitatis, sobre a Preparação e Celebração das Festas Pascais, n. 97)

Celebre-se conforme as rubricas do Missal Romano, observando-se as orientações de cada município e também da nossa Arquidiocese, por causa da situação em que o nosso país está vivendo.