Promotor de Justiça é afastado da função e proibido de entrar na sede do MP

Promotor e uma advogada são alvos de uma operação deflagrada na RMS

Publicado em 14 de setembro de 2021 às 08:12

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Foto: Divulgação

O promotor do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) Everaldo Yunes foi afastado do exercício das funções públicas pelo período de um ano. De acordo com o órgão, ele está sob investigação relativa à corrupção e lavagem de dinheiro. Yunes e uma advogada foram proibidos de acessar as dependências do MP, de se comunicar com funcionários ou utilizar os serviços do órgão pelo período de um ano.  Promotor do MP-BA alvo de operação e é afastado acusado de corrupção (Foto: Divulgação) O promotor é alvo da “Operação Kauterion”, iniciada na manhã dessa terça-feira (14) pela Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), na região metropolitana de Salvador.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e local de trabalho da advogada e do promotor de Justiça, com o objetivo de coletar documentos indicativos de associação entre os investigados, bem como de corrupção e de ocultação de bens, além de mídias de armazenamento e aparelhos celulares.   As medidas foram deferidas pela Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com base nas provas apresentadas. A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional da Bahia (OAB-BA), participa da deflagração da operação, pois seu estatuto determina que buscas relacionadas a advogados sejam acompanhadas pela entidade.

Em nota, o o presidente da OAB-BA, Fabrício Castro informa que a entidade apoia uma investigação profunda e rápida das condutas apontadas.  "Consideramos inaceitável a corrupção no Judiciário, no Ministério Público. Quem da advocacia de alguma forma participar deve também sofrer as consequências. Vamos pedir acesso aos autos e encaminhar ao Tribunal de Ética da OAB, que adotará todas as medidas cabíveis para apuração rigorosa de eventuais condutas incompatíveis com a advocacia", ressalta.