Puxada pela gasolina, novembro tem maior inflação do ano na RMS

Número ficou em 1,17%, maior para um novembro desde 2015

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 14:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 1,17% na Região Metropolitana de Salvador em novembro, segundo divulgou nesta terça-feira (8) o IBGE. O número acelerou bem em relação a outubro, quando fechou em 0,45%, e também aparece acima da variação de novembro do ano passado, que foi de 0,23%.

Foi a maior inflação mensal neste ano na RMS e a mais elevada para um novembro desde 2015, quando o IPCA havia ficado em 1,19%. Com o resultado de novembro, o IPCA da RMS já tem alta de 3,36% em 2020. 

A inflação também ficou acima da registrada no Brasil (0,89%) e foi a segunda mais alta entre as 16 áreas investigadas pelo IBGE, abaixo apenas do índice do município de Goiânia/GO (1,41%). No mês, mais uma vez todas as áreas tiveram alta no IPCA.

Grupos  Sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram alta este mês - somente  vestuário (-1,85%) e educação (-0,6%) registraram deflação.

Dentre os grupos, a principal pressão inflacionária veio dos transportes (3,26%), que registraram a maior alta no mês e a mais elevada em sete anos, desde dezembro de 2013 (3,96%). O aumento dos transportes na RMS foi o maior entre todas as 16 áreas investigadas pelo IBGE e bem superior ao índice nacional (1,33%). 

Dentre os itens do grupo, os combustíveis (9,84%) foram o principal impacto, sobretudo a gasolina (10,18%), que teve, na Região Metropolitana de Salvador, seu maior aumento no mês e foi, individualmente, o item que mais puxou o custo de vida para cima. O etanol também teve alta bastante importante (10,55%). 

O aumento dos transportes foi tão significativo em novembro, que superou o dos alimentos e bebidas (2,11%). Com a segunda maior alta neste ano, o grupo ficou também com a segunda principal influência para cima no IPCA do mês, na RMS. 

O perfil da inflação dos alimentos seguiu semelhante ao de meses anteriores, com os produtos consumidos em casa (2,59%) exercendo a maior pressão, puxados principalmente por itens como a batata-inglesa (33,7%), o arroz (6,69%), o tomate (14,45%) e as carnes em geral (3,96%).

Outro grupo de despesas com bastante peso nos orçamentos das famílias, habitação (0,62%) também teve aumento relevante em novembro e foi a terceira principal influência no sentido de aumentar a inflação do mês na RM Salvador. As principais pressões vieram do gás de botijão (2,63%) e da energia elétrica (0,80%).