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Eles cobravam para incluir pessoas no Minha Casa, Minha Vida. Servidora estava envolvida
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2017 às 19:21
- Atualizado há um ano
Uma funcionária da prefeitura de Camaçari e outras quatro pessoas ligadas a uma quadrilha que vendia supostas inscrições para compra de imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida foram presos nesta segunda-feira (13) em Camaçari. Os suspeitos foram detidos em ação conjunta da 18ª Delegacia com o 12º Batalhão da Polícia Militar.
Marizete Pereira da Encarnação, que trabalhava na prefeitura, e os comparsas Isau Pereira Bispo, Carlos Silva dos Santos, Joseane Paixão de Souza e Andréa Cristina Amélia do Nascimento foram apresentados à imprensa na tarde de hoje.
As investigações acontecem desde fevereiro, depois de denúncias anônimas sobre o golpe que o grupo aplicava. Desde então, a sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) de Camaçari sofreu três incêndios criminosos. A delegada Thaís Siqueira, que comandou a investigação, explicou que a quadrilha foi responsável por queimar o prédio três vezes, a última em 2 de novembro. O objetivo era destruir evidências.
Isau foi o primeiro a ser preso. Ele foi contratado por Carlos e Joseane por R$ 2 mil para causar os incêndios. Depois, o casal foi preso e então a polícia chegou ao contato que a quadrilha tinha dentro da prefeitura, a servidora Marizete. A quinta integrante, Andréa, era responsável por conseguir os clientes, que pagavam de R$ 1 mil a R$ 3 mil pela chance de conseguir um imóvel no programa.
Os cinco foram autuados em flagrante por associação criminosa. A investigação continua para averiguar se mais pessoas faziam parte do esquema.