Vitor Villar
Publicado em 26 de abril de 2020 às 09:00
- Atualizado há 3 anos
A reclusão em casa por muitos dias traz riscos e gera efeitos sobre o nosso corpo, que com certeza sairá diferente desse período de quarentena. Mas, com alguns cuidados, dá para reduzir ou mesmo evitar alguns problemas. Seja durante o distanciamento social, seja quando ele acabar. Confira: 1- Cabeça Segundo o psicólogo Danilo Malaquias, a privação de aspectos que trazem sentido à nossa vida –relação amorosa, sucesso profissional e convívio com familiares– pode gerar problemas como irritabilidade, quadros de ansiedade e até mesmo depressão. “Mesmo depois da quarentena é possível experimentar esses sintomas, pois sair dela não representa uma retomada imediata”, diz. Ainda de acordo com ele, a alteração da rotina e a ansiedade gerada pela privação de algumas atividades prazerosas pode causar insônia e outras dificuldade de manter um sono regular. “A convivência com amigos, familiares, colegas de trabalho, é um dos fatores que auxiliam na regulação emocional. Conseguimos ver a situação de outro ângulo e isso ajuda nesse processo de regulação emocional”, diz. Para pessoas que sejam infectadas pela covid-19 e que tenham que passar pelo estresse do tratamento ou que vivam a aflição da doença com parentes próximos, há o risco também de desenvolver um estresse pós-traumático ao final da pandemia.2- Olhos Não tem jeito: nessa quarentena vamos ficar por muito mais tempo diante de uma tela. Trabalho, estudo, lazer e até exercícios físicos estão relacionados a televisões, celulares, computadores ou tablets. A exposição excessiva a telas pode ser prejudicial aos olhos, causando irritação, tensão ocular, secura, dores de cabeça e dores no pescoço. É preciso tentar reduzir ao máximo o uso.>
3-Boca A ansiedade da quarentena gera a famosa ‘boca nervosa’: a comida aparece como um recurso rápido e fácil para buscar prazer imediato. Sobretudo se estamos falando de doces e alimentos gordurosos. Essa reação é compreensível, e os especialistas recomendam que não nos culpemos por isso: “Para não criar uma compulsão, vale a pena buscar outras atividades que tragam prazer e não envolvam comida”, diz a nutricionista Mariana Andrade.>