Quase seis anos após incêndio começa reforma de Instituto do Cacau 

Obra deve durar cerca de um ano

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  • Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2018 às 22:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO

Quase seis anos após o incêndio que destruiu parte do Instituto do Cacau, foram iniciadas as obras de recuperação. A intervenção será feita pela construtora AMF Engenharia e Serviços vai conduzir a primeira etapa das obras, que inclui a recuperação da laje da cobertura e da casa de máquinas do edifício, que foram atingidas pelo fogo.  A obra toda envolve R$ 1,7 milhão em recursos. 

O cronograma de atividades envolve a preparação dos locais afetados para demolição e posterior reconstrução, trabalho que terá duração estimada de onze meses. Serão contempladas ações de recuperação estrutural, como a remoção de elementos de alvenaria e concreto já comprometidos, bem como a recomposição da cobertura, além da impermeabilização e pintura. Obras devem durar onze meses e vão contemplar recuperação estrutural, impermeabilização e pintura. (Foto: Divulgação Ascom Saeb) Segundo a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), as obras de recuperação do Instituto do Cacau serão executadas de acordo com as recomendações, indicações e exigências dispostas no edital e seus anexos.

O cronograma de todos os procedimentos é elaborado conjuntamente pela empresa vencedora e pela Superintendência de Patrimônio (Supat/Saeb), que também será responsável pela fiscalização dos trabalhos. Já à AMF Engenharia e Serviços cabe a limpeza das instalações e a implantação de procedimentos de segurança.

A nova estrutura terá escoramento para assegurar a estabilidade do prédio, também de responsabilidade da empresa vencedora. Será instalado um equipamento de proteção coletiva na fachada e de procedimentos que garantam a redução de impactos ou vibrações durante a execução das obras, aumentando a segurança da intervenção.   Atraso Em janeiro do ano passado, foi lançado o edital da concorrência pública e a licitação marcada para 20 de fevereiro. No entanto, uma ação popular, liderada pelo advogado Bruno Almeida, conseguiu suspender o certame, alegando que o projeto não possuía aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na ocasião, o Iphan havia confirmado que seria necessária a análise e autorização deles para que ocorressem reformas no imóvel, pois o Instituto do Cacau fica em uma região do Comércio tombada pelo órgão, estando também sob a proteção dele. 

A liminar que suspendeu a licitação foi julgada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e cassada no dia 30 de maio. Um dia depois, a Saeb lançou a nova licitação que escolheu a empresa que vai tocar a obra, que foi escolhida em agosto. No prédio funcionam várias instituições, entre elas o Museu do Cacau. Foto: (Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO) Chamas O incêndio que atingiu o Instituto do Cacau comprometeu à época o último pavimento do edifício, além da casa de máquinas. No prédio,  além do SAC Comércio, funcionam o Núcleo Regional de Educação (NRE), da Secretaria da Educação; o Restaurante Popular, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS); o Museu do Cacau, da Secretaria da Agricultura (Seagri); unidade da Defensoria Pública do Estado, a Cesta do Povo e instituições bancárias.

O Instituto do Cacau foi criado em junho de 1931. Para a época, o design do prédio foi uma importante evolução arquitetônica no estado. O projeto foi assinado pelo arquiteto alemão Alexander Buddeus e reúne linhas sofisticadas, com elementos de estilos clássicos como o art déco e a Escola de Bauhaus.