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Segundo ministro, intervalo cairá de 90 para 21 dias para frear variante Delta
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2021 às 18:50
- Atualizado há um ano
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse neste sábado (14), que pretende antecipar a aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer a partir do mês de setembro, quando todos os adultos já devem ter recebido pelo menos uma dose de imunizantes contra a covid-19. O ministro falou sobre os planos de adiantamento de doses após evento de lançamento do programa-piloto de testagem em massa, na Feira dos Importados, em Brasília. "À medida em que a gente avance na primeira dose, já se rediscutiu colocar a Pfizer no intervalo de 21 dias. (A previsão é) em setembro. Nós já temos 70% da população acima de 18 anos com a primeira dose", disse. De acordo com o ministro, ao completar o esquema vacinal em menos tempo, a ideia é barrar a disseminação da variante Delta no país, mais contagiosa. Uma pesquisa publicada na revista New England Journal of Medicine mostra que a eficácia da primeira dose não só da Pfizer, mas também da AstraZeneca, diminui de 50% para 35% diante dessa cepa. Ambas as vacinas continuam altamente eficientes com a aplicação das duas doses. Atualmente, o intervalo entre as doses é de três meses. O maior período de tempo foi adotado por conta da baixa disponibilidade de imunizantes do laboratório nos primeiros meses, após sucessivas recusas de ofertas de compras. Com a mudança, a população poderá completar o ciclo de imunização da Pfizer em três semanas como é previsto em bula. A antecipação da segunda dose já havia sido confirmada em 26 de julho. "A gente só está estudando para ver qual o melhor 'timing' disso, mas que vai diminuir, vai" disse na ocasião, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz. "A gente precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então, quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização", completou. No entanto, no dia seguinte, a pasta recuou em nota assinada junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Gestores pediram que o governo federal priorizasse aplicar pelo menos uma dose e, com isso, ampliasse a imunização parcial, em toda a população adulta.