Racionamento não é descartado em Salvador, apesar de aumento no nível de barragens

Embasa diz que situação ainda é de alerta por causa da precipitação abaixo da média

  • Foto do(a) author(a) Carol Aquino
  • Carol Aquino

Publicado em 30 de maio de 2017 às 14:00

- Atualizado há um ano

Sistema de Abastecimento de Água Reservatório R23, em Salvador (Foto: Matheus Pereira/Secom)As chuvas que caíram em Salvador e Região Metropolitana no mês de maio contribuíram para o aumento do nível das barragens que abastecem a capital baiana. O maior crescimento foi detectado no Complexo Joanes, que tinha a situação mais crítica do conjunto. Apesar disso, a Embasa não descarta a possibilidade de racionamento no município porque as chuvas ainda estão abaixo da média histórica.

No mês de abril, havia a expectativa por parte da empresa de dar início à restrição no fornecimento caso não chovesse o suficiente em abril e maio. Joanes I passou de 59,82% do seu volume útil entre 25 de abril e 2 de maio para 100% entre 23 e 29 de maio. A barragem de Santa Helena passou de 24,17% para 33,33%. Já Ipitanga I foi de 20% do volume útil para 38,47%. Ipitanga II aumentou de 39,91% para 53,98%. Os dados são do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A exceção ficou por conta do reservatório de Pedra do Cavalo que se manteve praticamente estável. Responsável por 60% do abastecimento da capital, a barragem teve uma pequena redução no volume útil, que passou de 24,23% para 23,46%. A explicação pode ser devido ao fato de esta barragem não estar localizada em Salvador e Região Metropolitana como as demais, mas sim no Recôncavo. Chuva abaixo da médiaApesar dos diversos dias de chuva no mês de maio, a precipitação está com déficit no mês de maio na capital baiana. Segundo o meteorologista Heráclio de Araújo, do Inema, são esperados para o mês de maio 360 mm de chuva. Até o dia 30, caíram 298 mm.

A diferença acima foi menor do que a do mês de abril, quando eram esperados 309 mm e a precipitação foi de somente 178 mm. A situação gera um alerta, já que os dois meses são os de maior volume de chuvas no estado. Para o mês de junho, a expectativa é positiva. “As condições estão favoráveis para que tenha uma situação de normalidade para o período. Nesse período, as chuvas são de menor intensidade, mas são de longa duração e acontecem mais vezes durante o mês”, explicou Araújo.