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Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2020 às 12:10
- Atualizado há 2 anos
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) realizaram uma vistoria conjunta, nessa quinta-feira (1) para monitorar a Lagoa Alphaville. No domingo, moradores do bairro fizeram um protesto contra o assoreamento da lagoa que registrou baixa no nível de água.>
A redução acelerada do nível da água da lagoa por causa do rompimento da tubulação provocou a alteração da coloração da água. A ruptura fez com que a água fosse drenada para a Lagoa do Vale Encantado. O reparo foi realizado e o nível de água já voltou a subir. >
“Estamos acompanhando de perto a situação da lagoa desde o início. Vistoriamos as obras no entorno e não constatamos nenhuma irregularidade. Então, acionamos o Inema, responsável pelos recursos hídricos, e juntos foi possível ter um alinhamento técnico para as ações coordenadas entre as pastas”, explica o diretor de fiscalização da Sedur, Átila Brandão Júnior.>
O empresário Edson Rocha, que mora em Alphaville há 10 anos, foi um dos que participou do protesto.“O motivo da nossa manifestação é chamar a atenção com o que está ocorrendo com a nossa lagoa. Ela, em pouco tempo, perdeu muita água e sem nenhuma motivação aparente. Mas isso precisa de uma investigação maior por isso que nós estamos fazendo aqui esse movimento para que as autoridades nos ajudem e nos apoiem”, afirma.Segundo ele, a lagoa chegou a perder 4,5 metros de litros de água, restando agora só 3,5 metros e meio. "Tem animais que dependem dessa lagoa, é todo um ecossistema aqui em volta do Alphaville. Ela é um presente para nós moradores. Quando a gente abre a janela e olha para ela parece que o tempo passa com mais leveza. Estamos muito preocupados porque em menos de 30 dias ela pode estar totalmente seca se continuar secando nessa velocidade”, completa.>
Abaeté Um outro protesto ambiental ocorreu também no domingo na Lagoa de Itapuã, no Abaeté. A manifestação é contra os impactos das obras de construção de uma estação elevatória de esgoto (EEE) na Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas do Abaeté.>
A estação de esgoto elevado é realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa), com autorização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).>
O caso foi denunciado ao Ministério Público, que, no início do mês de setembro, realizou uma audiência pública virtual para discutir o tema.“Queremos a paralisação da obra para dialogar sobre outras alternativas mais seguras de saneamento para a lagoa e seu entorno”, defende a fotografa e uma das criadoras do Abaeté Viva, Fabíola Campos.Ela defende ainda, que existem alternativas mais sustentáveis para viabilizar esta questão do saneamento na região, sem interferir no patrimônio ambiental que é a lagoa do Abaeté. “É mais viável a ligação direta na rede da Embasa, além de mais seguro, também é mais barato. Uma estação de esgoto tão próxima à lagoa é uma falta de cuidado com o local que é um santuário sagrado da natureza”.>