Refém libertada por policial após assalto no Rio se emociona: 'Nasci de novo'

Ela estava chegando para trabalhar quando trio invadiu loja para roubar

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  • Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2021 às 14:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Uma jovem de 21 anos foi feita refém por um dos ladrões que tentou assaltar a loja em que ela trabalha na manhã da quarta-feira (7). Salva por um policial civil de folga que passou pelo local, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, Vitória Oliveira diz que chegou a pensar que ia morrer.  "Quero agradecer primeiramente a Deus e a todos os policiais envolvidos, não tenho como expressar a alegria de poder voltar para casa hoje e ver minha família novamente. 07/07/2021, o dia que eu nasci de novo", postou ainda ontem.

Ela ficou sob mira de uma pistola 9mm e foi obrigada a andar cerca de 200 metros com o criminoso. O bandido foi morto pelo policial Flavio Augusto Pereira.

"Eu nem sei explicar o que eu senti em ter passado por isso tudo. Em alguns momentos, achei que não fosse conseguir, mas Deus colocou aquele policial no nosso caminho, que nem estava trabalhando na hora. Eu sou muito grata pela vida dele, por ele ter aparecido lá", contou ela em entrevista ao Uol.

Vitória e os colegas estavam chegando para trabalhar na loja, por volta das 8h30, quando um trio armado invadiu o local. Eles usavam roupa roxa, mesma cor do fardamento do local. 

Enquanto os bandidos roubavam, a gerente e os funcionários homens ficaram embaixo. As mulheres foram trancadas em uma sala no andar superior. Vitória diz que o trio estava nervoso e brigando. Trancada com as colegas, ela ouviu eles discutindo sobre a chegada da polícia e dizendo que teriam que "levar ou matar alguém". Vitória foi escolhida porque era "a mais calma".

"Quando nós descemos, chegamos na porta, tinha uma quantidade muito grande de policiais. Ele ficou nervoso e começou a gritar: 'Eu não vou perder, eu não vou perder'", lembra a jovem.

Apesar do medo, Vitória conseguiu mesmo manter a calma. Ela relata que tentava conversar com o ladrão. "Se eu passasse mal ali, desmaiasse, ele poderia se assustar, se irritar e acabar atirando em mim. Foi uma aflição muito grande", explica. "Eu só pensava: 'Meu Deus, não é possível que eu vou morrer aqui, desse jeito'. Foi muito, muito tenso".

Assaltada outras vezes, Vitória diz que nunca tinha passado por algo assim assim, mas que sabia que ia ser pior ficar nervosa. "Quando ele me levou, tentei ficar o mais calma possível porque ele estava muito nervoso e até um pouco desnorteado. Se eu tivesse ficado nervosa, poderia ter acontecido algo pior".

De folga, o policial civil Flávio se misturou aos populares que assistiam à operação. Foi ele quem baleou o criminoso. Depois de ser libertada, Vitória caiu no chão chorando e foi abraçada por um dos policiais. 

O ladrão baleado foi levado para um hospital, mas não resistiu. Os outros dois acabaram se entregando e foram presos.